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Título: Uso de contraceptivo oral combinado na sensibilidade insulínica: qual o efeito?
Autor(es): Ladeia, Ana Marice Teixeira
Petto, Jefferson
Machado, Márcia Sacramento Cunha
Sá, Cloud Kennedy Couto de
Martinez, Bruno Prata
Seixas, Candice Rocha
Palavras-chave: Insulina. Diabetes Melitus tipo 2. Metabolismo. Mulheres.
Data do documento: 22-Set-2017
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: Estudo observacionais apontam que mulheres em uso de contraceptivo oral combinado (COC) apresentam triglicerídeos de jejum e lipemia pós-prandial mais elevados do que as que não usam. Esses mesmos estudos levantam a hipótese de que isso se deve a diminuição da produção e ação da lipase lipoprotéica. Por consequência, aventa-se a hipótese de que mulheres em uso de contraceptivo oral apresentem diminuição da sensibilidade insulínica, já que, a insulina é o hormônio que estimula a atividade e produção da lipase lipoproteica. Objetivo: Testar hipótese de que existe diferença entre a sensibilidade insulínica de mulheres que utilizam e não utilizam COC, bem como verificar se existe associação entre os índices do HOMA-IR e HOMA-β e o perfil lipídico de jejum dessas mulheres. Métodos: Após o cálculo amostral, foram incluídas 44 mulheres divididas igualmente entre os grupos. Incluídas mulheres, idade entre 19 e 30 anos, eutróficas, que utilizavam ou não utilizavam COC, com triglicerídeos de jejum abaixo de 150mg/dL e irregularmente ativas. Excluídas mulheres com comprometimento hepático, pancreático ou renal, em uso de corticoides, hipolipemiante, anabolizantes ou suplementos alimentares, fumantes, com diagnóstico de hipo ou hipertieroidísmo ou síndrome do ovário policístico. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo COC (GCOC) formado por mulheres em uso de COC e grupo sem COC (GSCOC) formado por mulheres que não utilizam nenhum método contraceptivo a base de hormônios. Após jejum de 12h foram coletados 5ml de sangue para dosagem do perfil lipídico, da insulina e da glicemia. Posteriormente calculado com esses valores o HOMA-IR e HOMA-β. Estatística: Utilizado o Mann-Withney bidirecional para comparação dos valores do HOMA-IR e HOMA-β entre os grupos. Utilizado o teste de Sperman para verificar a correlação entre as variáveis do perfil lipídico e o HOMA-IR e HOMA-β. Posteriormente foi realizada a análise multivariada, entrando no programa as variáveis que apresentaram correlação positiva com o HOMA-IR e HOMA-β. Resultados: A média de idade, índice de massa corporal, glicemia, insulina respectivamente do GCOC e do GSCOC foram: 23±1,3 vs 23±2,0 anos; 22±1,4 vs 22±1,0 kg/m2; 86±8,8 vs 84±7,9 mg/dL; 10.2±4.4 vs 6.4±2.9 uM/L. A média das variáveis do perfil lipídico: triglicerídeos, colesterol total, LDL e HDL respectivamente do GCOC e do GSCOC foram: 88±72 vs 49±40mg/dL (p˂0,01); 207±38 vs 183±30mg/dL (p=0,02); 134±36 vs 125±27mg/dL (p=0,34); 54±13 vs 48±11mg/dL (p=0,10). A média do HOMA-IR e HOMA-β respectivamente do GCOC e do GSCOC foram: 1,6 (1,1 – 2,5) vs 1,2 (0,9 – 1,5) (p=0,03); 207 (116 – 241) vs 101 (86 – 132) (p˂0,01). Observada correlação linear moderada e positiva entre o HOMAIR-IR e o colesterol total (r=0,34 e p=0,02). Já na análise de correlação do HOMA-β verificou-se correlação o linear moderada e positiva com os triglicerídeos (r=0,41 e p˂0,01), com o colesterol total (r=0,40 e p˂0,01) e com a LDL (r=0,30 e p=0,04). Quando realizada a análise de associação linear multivariada, verificou-se significância de associação independente entre o uso de COC e o HOMA-β com razão de chance de 8,15 para um intervalo de confiança de (1,02 - 64,94) e p=0,04. Conclusão: Mulheres que utilizam COC apresentam HOMA-IR e HOMA-β maior que mulheres que não utilizam COC. Isso sugere que essas mulheres apresentam menor sensibilidade insulínica, o que corrobora com as alterações lipídicas encontradas nessa população.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/1892
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