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Título: Níveis de citocinas e perfil lipídico em crianças e adolescentes com anemia falciforme: associação com disfunção endotelial, marcadores de hemólise e eventos clínicos
Autor(es): Ladeia, Ana Marice Teixeira
Ramos, Regina Terse
Lyra, Isa Menezes
Robazzi, Teresa Cristina Martins Vicente
Castro, Iza Cristina Salles de
Teixeira, Rozana dos Santos
Palavras-chave: Anemia Falciforme. Disfunção endotelial. Citocinas. Lipídios. Lipoproteínas. Inflamação. Vasculopatia. Velocidade mediada por fluxo. Crianças e adolescentes.
Data do documento: 31-Ago-2018
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Disfunção endotelial, inflamação crônica e alterações no perfil lipídico (PL) integram a fisiopatologia da Anemia Falciforme (AF). Associações entre estes mecanismos e manifestações clínicas podem definir perfis de gravidade e colaborar para melhor compreensão da doença. Objetivos: Avaliar o nível de citocinas e o PL em crianças e adolescentes com AF e sua associação com variáveis clínicas e laboratoriais; comparar o nível de citocinas e o PL entre falcêmicos tratados e não tratados com hidroxiuréia (HDX). Métodos: Estudo transversal, envolvendo 55 crianças e adolescentes estáveis com hemoglobina SS, das quais 24 em uso de HDX e 41 crianças e adolescentes saudáveis, de 6 a 18 anos de idade. Realizadas dosagem das Interleucinas (IL) 1β, 6, 8, 10, 12pq, 17A e TNF-α; dosagem do colesterol total, triglicérides (TG), LDL-C e HDL-C; dosagem de proteína C reativa de alta sensibilidade (PCRas). A função endotelial foi avaliada através da vasodilatação mediada por fluxo (VMF) da artéria braquial. Dados do doppler transcraniano foram obtidos em consulta ao prontuário. Análise de cluster hierárquico (CH) foi realizado para avaliar a diferença entre os grupos Resultados: A idade e o sexo foram semelhantes entre os grupos AF HDX não; AF HDX sim e grupo controle (p=0,054 e p=0,115 respectivamente). A análise de CH demonstrou predomínio de marcadores inflamatórios (IL, PCR as, leucócitos) no grupo AF. As citocinas IL-17A e IL-8 apresentaram correlação positiva com número de crises vasoclusivas(CVO) e TNF- α com número de transfusões sanguíneas. O grupo AF apresentou níveis de colesterol total (CT), LDL-c e HDL-c baixos, TG/HDL-c e TG elevados comparados ao grupo saudável. TG/ HDL-c se correlacionou positivamente com LDH (rs 0,30 p= 0,047), com contagem de leucócitos (rs 0,40 p= 0,006), com velocidade do fluxo sanguíneo na artéria cerebral direita (rs 0,35 p = 0,037) e esquerda (rs 0,361 p=0,026). CT se correlacionou negativamente com PCR as (rs -0,3 p=0,04) e LDL-c com total de transfusão sanguínea (rs -0,3 p= 0,032). Falcêmicos com TG/HDL-c acima de 2,73 mg/dl apresentaram mais Sindrome Torácica Aguda 70,6% vs 29,4% p=0,027, com chance de 3,77 vezes, IC95%(1,135- 12,53) para este evento. Identificado três subfenótipos: hemolítico, grupo AF HDX não; inflamatório, grupo AF HDX sim; grupo saudável com função endotelial preservada, ausência de anemia, níveis mais elevados de IL-10. Conclusões: Crianças e adolescentes com AF tratados com HDX, potencialmente mais graves, apresentaram perfil inflamatório que se associou a CVO, demonstrando o envolvimento das citocinas na patogênese da AF. Pacientes não tratados com HDX apresentaram perfil hemolítico associado a elevação dos níveis de TG/HDL-c, demonstrando a associação entre metabolismo lipídico e hemólise. TG/HDL-C desponta como marcador de lesão vascular através das associações com marcadores de hemólise, inflamação, manifestações agudas e complicações da doença.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/2601
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