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Título: Comunicação funcional desenvolvida por indivíduos afásicos após AVC residentes na comunidade
Autor(es): Pinto, Elen Beatriz Carneiro
Fraga-Maia, Helena
Soares, Moema Pires Guimarães
Lima Filho, Humberto Castro
Costa, Ana Caline Nóbrega da
Fernandes, Adriana Helena Souza
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Linguagem. Afasia.
Data do documento: 29-Mar-2019
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: INTRODUÇÃO: A afasia consiste em um distúrbio adquirido de linguagem e ocorre em cerca de um terço dos individuos que têm AVC, com uma ou mais áreas de comunicação podendo ser afetada. Conhecer e analisar o impacto da afasia nas atividades cotidianas e na participação social pode favorecer a um diagnóstico funcional do desempenho comunicativo eficiente e com isso, contribuir para escolha de condutas direcionadas a funcionalidade. OBJETIVO: Identificar os determinantes do desempenho na comunicação funcional desenvolvida por indivíduos afásicos após AVC residentes na comunidade. MATERIAL E MÉTODOS: Coorte prospectiva, que faz parte do estudo mãe “Caracterização clínica, funcional e sociodemográfica dos pacientes atendidos em uma Unidade de Acidente Vascular Cerebral”. Para essa etapa da coorte foram incluídos os indivíduos provenientes da Unidade de AVC do Hospital Geral Roberto Santos (UAVC-HGRS), com idade superior a 18 anos e residentes na cidade de Salvador-Ba. As informações relativas às características sociodemográficas, aos hábitos de vida, clínicas e ao desempenho funcional foram compiladas do banco do estudo-mãe e os indivíduos que apresentaram comprometimento no item nove da escala National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) correspondente à linguagem, ainda durante o período de internação foram identificados como afásicos. Ademais, durante a entrevista realizada na etapa domiciliar, estes indivíduos foram submetidos a uma avaliação clínica fonoaudiológica da linguagem para a confirmação do diagnóstico funcional de afasia. RESULTADOS: No banco mãe foram identificados 332 pacientes avaliados na UAVC de janeiro de 2015 a junho de 2016, destes 204 indivíduos residentes em Salvador-Ba que foram contatados de setembro de 2016 a maio de 2018. Entre os residentes em Salvador, foram identificados 81 indivíduos afásicos, 30 foram excluídos, ocorrendo a perda de 08 indivíduos e totalizando 43 indivíduos para essa etapa da coorte. Verificamos que a mediana de idade dos indivíduos no momento da admissão na UAVC foi de 66 anos (57-70), com 60,5% da população constituída por mulheres, predominantemente de cor de pele não branca (81,4%) e 51,2% apresentando vida conjugal. A mediana de escolaridade foi de 5 anos (5-12) e a renda familiar relatada com a mediana de 1 salário mínimo mensal (1-2 salários). A comorbidade mais prevalente foi à hipertensão arterial sistêmica (74,4%), seguida de diabetes melittus (41,9%) e quanto aos hábitos de vida, 16,3% eram de indivíduos etilistas e 14% tabagistas. A mediana do NIHSS foi de 12 pontos (5-19), 30,2% tiveram AVC prévio e 76,7% apresentaram envolvimento da artéria cerebral média à esquerda, sendo que 41,9% realizaram tratamento trombolítico. A média de tempo de internação na UAVC de 8,7 dias (±4,3) e os indivíduos foram avaliados em média 18,6 meses (±6,0 meses) após o AVC. A capacidade funcional após a alta foi com a mediana de 46 pontos (26-50) do IBM. Na análise multivariada de regressão linear, apenas a Capacidade Funcional (IBM) após a alta na UAVC permaneceu como preditor independente de habilidades funcionais de comunicação (β = 0,042; 95% IC = 0,013 - 0,071; P=0,002). CONCLUSÃO: A capacidade funcional apresentada na alta da UAVC constitui como preditor independente do desempenho da comunicação funcional de adultos após AVC residentes na comunidade.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/3916
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