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Título: Disfunção do Trato Urinário Inferior: Há Associação Entre Mães e Filhos?
Autor(es): Júnior, Ubirajara de Oliveira Barroso
Rios, Luis Augusto Seabra
Castro, Néviton Matos de
Fonseca, Maria Luiza Veiga da
Boa Sorte, Ney Cristian Amaral
Sousa, Ariane Sampaio
Palavras-chave: Disfunção do trato urinário inferior
Sintomas urinários
Bexiga hiperativa
Criança
Data do documento: 2016
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) se caracteriza por uma série de sintomas, incluindo a presença de urgência miccional, manobras de contenção, incontinência, alterações do número de micções e dificuldade miccional. As causas da DTUI ainda não foram totalmente elucidadas e não se pode afastar o papel da história familiar na sua etiologia. Objetivo: Verificar se há associação entre mães com LUTS (sintomas do trato urinário inferior) e filhos com DTUI. Material e Métodos: Estudo transversal multicêntrico, realizado em duas cidades do Brasil. Crianças/adolescentes de 5-17 anos e suas mães, que passaram, coincidentemente, nos locais de coleta e aceitaram participar do estudo, foram entrevistadas e assinaram os termos de consentimento e assentimento informados. Excluídos participantes com problemas neurológicos e com alterações anatômicas do trato urinário. Os questionários DVSS e ICIQ-OAB foram, respectivamente, utilizados para avaliar presença de LUTS nos filhos e nas mães, e o ROMA III para constipação nos filhos. Resultados: Participaram 827 pares de filhos e mães, 414 (50,1%) eram do sexo masculino. A média (DP) de idade dos filhos foi de 9,1 ± 2,9 anos e das mães foi de 35,9 ± 6,5 anos. Sintomas urinários ocorreram em 317 (38,3%) dos filhos; 114 (13,8%) tiveram incontinência; 141 (17,0%), urgência; 45 (5,4%), urge-incontinência; 221 (26,7%), manobras de contenção; e 125 (15,1%), eventos estressantes. Entre as mães, 378 (45,7%) tiveram algum sintoma urinário; 103 (12,5%), incontinência; 153 (18,5%), urgência; 80 (9,7%), urge-incontinência; 271 (32,8%), noctúria; e 91 (11,0%), aumento da frequência urinária diurna. Segundo o DVSS, a prevalência total de DTUI foi de 9,1%, sendo predominantemente em meninas, 15,2% versus 2,9% (p<0,001). Foi significante a correlação de Spearman (rhô=0,260; p<0,001) entre os escores DVSS e ICIQ-OAB. Mães com sintomas urinários tiveram uma maior prevalência de filhos com DTUI (RP:2,1; IC 95% 1,34 – 3,41; p<0,001), assim como mães com bexiga hiperativa (RP:2,6; IC 95% 1,64 – 3,96; p<0,001). A análise univariada demonstrou que a presença de sexo feminino, de enurese, de constipação e de mães com LUTS era associada à presença de DTUI nos filhos. A análise multivariada demonstrou que LUTS na mãe (OR:2,3), enurese (OR:3,5), constipação (OR:6,2) e sexo feminino (OR:5,3) foram fatores preditores independentes para presença de DTUI no filho. Filhos de mães com incontinência e urgência urinária têm mais chance de apresentarem também incontinência e urgência. Conclusão: Mães que têm sintomas típicos de bexiga hiperativa têm mais filhos com DTUI. Essa correlação também é positiva para sintomas isolados de urgência e incontinência. Foram fatores preditivos independentes para a presença de DTUI nos filhos: crianças do sexo feminino, com enurese, constipação e mães com LUTS.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/403
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