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Título: DESVINCULAÇÃO DA GESTANTE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Dissertação
Autor(es): Lima, Bruno Gil de Carvalho
Brito, Milena Bastos
Lopes, Antônio Carlos Vieira
Costa, Olívia Lúcia Nunes
Smith, Claudia Margaret
Palavras-chave: Assistência à saúde.
Cuidado pré-natal
Alta do paciente
Serviços de saúde
Data do documento: 2015
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Objetivo: O objetivo primário deste trabalho foi identificar a ocorrência de desvinculação da paciente de sua assistência pré-natal (PN) no final da gestação entre as puérperas internadas na Maternidade Climério de Oliveira (MCO). Secundariamente, identificar fatores de risco para desvinculação da paciente da sua assistência pré-natal e detectar a ocorrência de peregrinação da parturiente por maternidades antes do seu internamento na MCO. Métodos: Foram entrevistadas 1.100 puérperas que pariram com 36 semanas ou mais de gestação, internadas nas enfermarias da MCO entre dezembro de 2013 e maio de 2014. Nessas entrevistas, foram coletados dados sociodemográficos, assim como dados da assistência pré-natal e do internamento. Informações complementares foram obtidas dos cartões de pré-natal e dos prontuários das respectivas pacientes. As pacientes que não se submeteram à assistência pré-natal foram excluídas do estudo. Já aquelas que dela foram desvinculadas, foram classificadas em três subgrupos, dependendo da forma de desvinculação: alta do pré-natal, abandono e falha do sistema de saúde. Resultados: A desvinculação da gestante da sua assistência PN foi identificada em 31,1% das pacientes analisadas. A alta do pré-natal ocorreu em 58,9%, o abandono em 26,4% e a falha do sistema de saúde foi verificada em 12,4% dos casos. Em relação às características da assistência pré-natal, observou-se menor número de consultas (medianas: 6 vs7; p < 0,001), menor idade gestacional na última consulta (medianas: 36,5 vs 37,7 semanas; p < 0,001) e maior período entre a última consulta e o parto (medianas: 24 vs 10 dias; p < 0,001) no grupo das pacientes que se desvincularam. Foi identificado que as pacientes desvinculadas sentiram-se mais frequentemente mal acolhidas pela assistência pré-natal (26,2% vs 10,4%; p < 0,001), como também foi constatado menor nível de escolaridade nesse grupo de pacientes (ensino fundamental: 54,1% vs 43,7%; p < 0,05). A peregrinação anteparto ocorreu em 26%, sendo maior entre as pacientes desvinculadas (33,4% vs 22,6%; p <0,001). Pacientes que se submeteram à assistência pré-natal nos distritos sanitários de referência da MCO peregrinaram menos frequentemente (11,1% vs 38,6%; p < 0,001). A taxa de partos cesarianos foi de 46,1%, sendo que a indicação dessa via de parto devido ao sofrimento fetal agudo foi maior no grupo de pacientes desvinculadas do pré-natal (13,7% vs 9,4%; p < 0,05). Conclusões: Este estudo identificou a ocorrência de desvinculação de assistência pré-natal em 31,1% na população estudada, sendo que 58,9% pelo dispositivo de alta, 26,4% por abandono e 12,4% por falha do sistema de saúde. Foi verificado que a baixa escolaridade e a falta de acolhimento aumentaram o risco para a desvinculação em todas as formas, principalmente pelo abandono. Por fim, foi detectada uma frequência de 26% de peregrinação anteparto entre as pacientes que se internaram na MCO e que haviam realizado assistência PN, sendo maior entre as que não mantiveram o vínculo com o PN até o fim da gestação.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/434
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