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Título: Doação de órgãos e tecidos para transplantes recortes teóricos e versões familiares sobre a recusa
Autor(es): Rocha, Mário de Seixas
Cajado, Maria Constança Velloso
Palavras-chave: Morte encefálica
Doação de órgãos
Transplantes
Entrevista familiar para doação
Recusa para doação
Data do documento: 20-Ago-2018
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: Esta pesquisa tem como tema central a recusa familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes, problemática a ser considerada devido à insuficiência de órgãos que, atualmente, vem-se tornando um entrave para o transplante. Ressalta-se a existência de um descompasso entre a demanda de transplantes e a oferta de órgãos e tecidos. No Brasil, uma questão atual a ser enfrentada refere-se ao número crescente de famílias que se recusam a doar órgãos e tecidos. Tal situação aponta a necessidade de pesquisas que possam revelar as causas específicas da negativa familiar, buscando aprofundar conhecimentos relacionados aos aspectos psicossociais e subjetivos envolvidos no processo. Objetivos: O presente trabalho visa, analisar a recusa familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes, especificamente busca compreender as significações familiares que envolvem o diagnóstico de morte encefálica; conhecer a experiência familiar no momento da entrevista para a doação de órgãos e tecidos; analisar os fatores que interferem e justificam a recusa familiar para doar órgãos e tecidos para transplantes. Método: Pesquisa de campo baseada na metodologia clínico-qualitativa. São utilizadas como base as diretrizes das Políticas Públicas do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e conceituações da teoria psicanalítica freudiana e lacaniana. A seleção dos participantes ocorreu a partir dos prontuários da Central Estadual de Transplantes (CET/Bahia), e as entrevistas abertas foram realizadas durante o período de um ano na residência de 10 famílias que se recusaram a doar órgãos e tecidos. Resultados: A presente tese é composta de três artigos científicos: o primeiro, intitulado “Experiências de familiares diante da possibilidade de doar órgãos e tecidos para transplantes”, apresenta uma revisão de literatura sobre a temática da família no processo de doação, tendo como critérios de inclusão estudos empíricos publicados e livros que revelam a experiência e opinião familiar sobre o processo de doação, o resultado revelou que no Brasil, o estado de São Paulo tem a maior produção de artigos que versam sobre o tema. Nas considerações finais concluise que a incipiente e/ou inexistência de produção científica e intelectual sobre a recusa familiar para doação no estado da Bahia dificulta compreender e intervir nessa realidade; o segundo artigo, “Morte encefálica é morte? Versões familiares da recusa para doação de órgãos e tecidos para transplantes”, apresenta dilemas familiares e impasses profissionais diante da constatação da morte encefálica, tendo como objetivo compreender as significações familiares que envolvem o diagnóstico de morte encefálica; o terceiro artigo “Entrevista e recusa para doação de órgãos e tecidos: versões familiares”, apresenta indagações da família e da condução profissional no referido momento. Tendo como objetivos compreender a experiência familiar no momento da entrevista para doação de órgãos e tecidos, e analisar os fatores que interferem e justificam a recusa familiar para doação. As narrativas familiares foram articuladas teoricamente. Considerações Finais: A recusa para doar órgãos e tecidos está permeada por diversas questões, destacam-se a assistência hospitalar inadequada, a denegação diante da morte encefálica e, especialmente, a inabilidade profissional para acolher as famílias e comunicar notícias difíceis.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6040
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