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Título: Transgeneralidades narradas no espelho da formação médica: silêncio, periferia e centralidade
Autor(es): Daltro, Mônica Ramos
Danon, Carlos Alberto Ferreira
Palavras-chave: Educação médica
Currículo
Transgeneralidades
Identidade
Estudos Queer
Data do documento: 23-Set-2019
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Transgeneralidades narradas no espelho da formação médica: silêncio, periferia e centralidade, uma pesquisa inscrita no cenário da educação médica que trata sobre o universo de saúde relacionado às transgeneralidades, na literatura acadêmica, nas textualidades da mídia impressa e no uso do nome social na contemporaneidade. Essa teia analítica interseccionada promove a compreensão da construção do currículo de formação médica na Escola Bahiana de Medicina, nos últimos 20 anos. Objetiva analisar as narrativas em atenção à saúde e às demandas das identidades sociais transgêneras no âmbito da formação médica. Em razão de contemplar diversos territórios, a pesquisa pauta-se em três vertentes de orientação metodológica: a análise documental; a confrontação de referências acadêmicas com as bases legislativas brasileira e o diálogo compreensivo a partir de entrevistas semiestruturadas. A primeira localiza-se nas análises da Revista Brasileira de Educação Médica, da Revista Carta Capital e da Revista Veja. A segunda corresponde a uma revisão da literatura acadêmica, frente aos documentos legais, sobre a validade de reconhecimento do nome social das pessoas transgêneras no universo da saúde. A terceira, com base em categorias retiradas das entrevistas, promove uma análise de conteúdo compreensiva das perspectivas curriculares circulantes na coordenação do curso de Medicina da EBMSP. Contempla o conceito de currículo intercrítico para alcance às demandas das transgeneralidades na formação médica. Entende as transgeneralidades como uma categoria gênero insurgente de expressão plural, construto de pertencimento identitário coletivo e subjetivo singular. Rompe com as epistemologias modernas binárias, que instituem as relações de gênero na oposição homem ou mulher para, com base nos estudos Queer, admitir identidades de gêneros dissidentes às hegemonias políticas e biológicas. Assinala a invisibilidade e o apagamento das pessoas transgêneras e da categoria gênero, no âmbito da formação médica e das narrativas sociais, como reflexos das políticas excludentes das diferenças. Indica que as transgeneralidades referem marcador identitário contido na formação geral, indicando necessidade afirmativa no currículo e na educação médica. Aponta o currículo intercrítico, comprometido com os direitos humanos e com as diferenças sociais, para construir, com outras referências pedagógicas, um território de sentidos de existir na formação médica. Assim, a intercriticidade indica pistas para repercutir sonoridades transgêneras que orientem as produções acadêmicas, os textos de mídia impressa, o reconhecimento do nome social e a construção do currículo do Curso de Medicina.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6053
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