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Título: Impacto do tônus autonômico no sistema cardiovascular em mulheres que utilizam ou não contraceptivos orais combinados
Autor(es): Petto, Jefferson
Araújo, Wagner Santos
Palavras-chave: Contraceptivos orais combinados.
Tônus simpatovagal.
Variabilidade da frequência cardíaca
Data do documento: 31-Jul-2020
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: A literatura tem demonstrado que o uso prolongado de contraceptivos orais combinados (COC) de baixa dosagem favorecem a instalação de doenças cardiometabólicas. Uma forma de avaliar a saúde cardiovascular é através das medidas da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Por meio desta, é possível verificar o balanço autonômico cardíaco e predizer o risco de futuras intercorrências. Objetivo: Verificar se existe diferença entre o balanço simpatovagal, medido pela VFC, entre mulheres que utilizam e não utilizam COC. Métodos: Este é um estudo observacional, transversal, com abordagem analítica quantitativa, que contou com a participação de mulheres jovens categorizadas como irregularmente ativas pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) dividas em grupo que utiliza (GCOC) ou não (GSCOC) COC. Foram incluídas apenas mulheres com idade entre 18 e 30 anos, Índice de Massa Corpórea (IMC) ≥ 18,5 kg/m² e ≤ 24,9 kg/m², Ciclo menstrual regular, normolipídicas, Nulíparas e Circunferência Abdominal < 80 cm. A monitoração da VFC foi realizada com o frequecímetro Polar RS800CX® no domínio da frequência pelos índices: High Frequency (HF), Low Frequency (LF), Intervalos RR, Very Low Frequency (VLF) e razão LF/HF, em decúbito dorsal (DD), sedestação (SD), ortostase (OT), e sedestação com Manobra de Valsalva (SMV), com tempo de avaliação de 10 minutos para cada posição. Análise estatística: das variáveis quantitativas foi verificada a normalidade da distribuição dos dados através da análise da simetria, curtose e o Teste de Shapiro-Wilk. Em caso de distribuição normal foi utilizada média e desvio padrão com Teste T de Student bidirecional para amostras independentes. Para distribuição não normal, os dados foram representados como mediana e quartis com Teste de Mann-Whitney bidirecional para amostras independentes, julgando significante um valor de p inferior a 5% e IC de 95%. Resultados: 30 mulheres foram selecionadas para esta pesquisa sendo 12 alocadas no GCOC e 18 no GSCOC. O IPAQ demonstrou que 50% de cada grupo foram classificados como irregulamente ativas tipo A e 50% irregularmente ativas tipo B. As variáveis antropométricas e hemodinâmicas foram similares entre os grupos (p>0,05). Sobre a avaliação da VFC, durante a fase de Sedestação o GCOC apresentou maior valor pela razão LF/HF (IC: 1,01-2,01 versus 0,98-1,06, p=0,04) e HF em Ortostase (86-652 versus 405-995, p=0,02) quando comparados ao GSCOC. Avaliando a diferença entre as medidas de VFC durante a troca de posição, a Razão LF/HF demonstrou aumento mais significativo para a troca do DD para SD (p<0,01). Conclusão: embora não tenhamos encontrado diferença significativa entre a VFC dos dois grupos em todas as posições, a análise de tendência das medianas nos levam a aventar a hipótese de que mulheres que utilizam COC tem maior atividade simpática e menor atividade parassimpática em ortostase quando comparadas as suas congêneres sem uso de COC.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6106
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