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Título: Alterações espirométricas e disfunção endotelial em crianças e adolescentes com anemia falciforme
Autor(es): Ladeia, Ana Marice Teixeira
Ramos, Regina Terse Trindade
Souza, Edna Lúcia Santos de
Lyra, Isa Menezes
Lima, Bruno Gil de Carvalho
Ferreira, Tatiane da Anunciação
Palavras-chave: Anemia Falciforme
Espirometria
Vasodilatação Mediada por Fluxo
Crianças
Adolescentes
Data do documento: 2016
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: A Anemia Falciforme (AF) pode cursar com declínio precoce da função respiratória na infância, cuja fisiopatogenia ainda não está completamente esclarecida. A AF é considerada uma doença vascular com alterações hematalógicas que ocasionam disfunção endotelial (DE) precoce. Não há dados da literatura sugerindo associação entre alterações espirométricas e DE. Objetivos: Testar a hipótese de que existe associação entre alterações espirométricas e DE, bem como com marcadores clínicos e laboratoriais em crianças e adolescentes com AF. Material e métodos: Estudo transversal (analítico) com grupo de comparação incluindo 37 crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, com Hemoglobina SS, estáveis e 33 participantes saudáveis pareados para idade e etnia. Realizada entrevista utilizando questionário estruturado e coletados dados vitais e antropométricos, clínicos e sociodemográficos dos participantes. Realizada espirometria de acordo com os critérios da American Thoracic Society e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. A função endotelial foi avaliada por Vasodilatação Mediada por Fluxo (VMF) com hiperemia reativa através de ultrassonografia (USG) de artéria braquial com Doppler. Coletado sangue para dosagem das variáveis laboratoriais. Para comparar médias, utilizaram testes t de student e Mann Whitney U; para comparar proporções, utilizou-se teste de Fischer; e para correlações, testes de Pearson e Spearman. Considerado significativo p≤0,05. Resultados: Avaliados 37 sujeitos com AF e 33 indivíduos sadios que, respectivamente, caracterizaram-se por média de idade (± DP) de 12,5 anos (±3,2) vs. 11,6 anos (±3,4), com predomínio do sexo masculino (59% vs. 33,3%), e não brancos (92,3% vs. 87,5%). Os padrões de função pulmonar encontrados foram: distúrbio restritivo (respectivamente entre grupo com AF e grupo comparação 51,4% vs 6,1%), padrão normal (43,2% vs 87,9%) e padrão obstrutivo (5,4% vs 6,1%). Foi considerada anormal a VMF abaixo do percentil 10 dos valores do grupo comparação (8,14%). Apresentaram disfunção endotelial 35,1% dos participantes com AF, com média (± DP) da dilatação da artéria braquial de 11,4% (±5,9) vs. 16,4% (±8,7) do grupo comparação; p < 0,007. Não houve associação entre a VMF e índices espirométricos. As variáveis espirométricas apresentaram associações inversas com o número de crises de síndrome torácica aguda (STA) (VEF1 pré broncodilatador r: – 0,42, p=0,01; VEF1 pós broncodilatador: r -0,45, p=0,005; CVF pré broncodilatador: r -0,39, p=0,02; CVF pós broncodilatador: r -0,44, p=0,006). A enzima Lactato Desidrogenase (LDH), marcador laboratorial de hemólise, se mostrou associada inversamente com algumas variáveis espirométricas. Assim como a hemoglobina (Hb) associou-se positivamente. Conclusão: Crianças e adolescentes com AF apresentaram alterações espirométricas com declínio de função pulmonar. Não houve associação entre índices espirométricos e DE. Houve associação entre alterações espirométricas e episódios de STA, LDH e Hb.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/795
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