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Título: "Impacto de um programa de exercício físico domiciliar semisupervisionado na qualidade do sono de idosos da comunidade: um ensaio clínico randomizado."
Autor(es): Camelier, Aquiles Assunção
Oliveira, Luís Vicente Franco de
Machado Júnior, Almério de Souza
Dias, Cristiane Maria Carvalho Costa
Gomes, Marcius de Almeida
Alves, Priscila Godoy Januário Martins
Camelier, Fernanda Warken Rosa
Brandão, Glauber Sá
Palavras-chave: Idoso. Sono. Comunidade. Mobilidade funcional. Qualidade de vida
Data do documento: 13-Abr-2018
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Fundamento: O aumento da expectativa de vida está associado às alterações biopsicossociais que ocorrem naturalmente com o avançar da idade, implicando no sono, na mobilidade funcional e na qualidade de vida dos idosos. O exercício físico apresenta benefícios à saúde global dos idosos e é recomendado como um dos principais recursos, não farmacológico, de ação preventiva e terapêutica. Exercícios realizados no ambiente domiciliar apresentam maior adesão dos idosos, podendo repercutir em melhores resultados a médio e longo prazo. Objetivos: 1- Testar a hipótese de que exercício físico domiciliar e semisupervisionado melhora a qualidade do sono e a sonolência excessiva diurna de idosos da comunidade; 2- Testar a hipótese de que exercício físico domiciliar e semisupervisionado melhora a mobilidade funcional e a qualidade de vida de idosos da comunidade; 3- Testar a associação da qualidade do sono com a sonolência excessiva diurna e a qualidade de vida de idosos da comunidade; 4- Caracterizar o perfil de idosos da comunidade com má qualidade do sono. Método: Este estudo gerou três artigos originais, onde foram utilizadas duas metodologias diferentes. Para os objetivos 1 e 2 foi utilizado o método de estudo analítico, experimental do tipo ensaio clínico randomizado, controlado e cego e para os objetivos 3 e 4 foi realizado um estudo descritivo de corte transversal. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Indice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI), Escala de sonolência Epworth (ESE), questionário clínico de Berlin, Timed Up and Go test (TUG), Questionário de qualidade de vida (WHOQOL-OLD), Questionário Internacional de Atividade Física adaptado para idosos (IPAQ) e o Mini-exame do estado mental. Participaram do estudo, idosos (60 anos ou mais) residentes no município de Senhor do Bonfim-Ba, que não tinham realizado exercício físico regularmente há pelo menos três meses antes do estudo, com pontuação ≥ 5 no PSQI, sem presença de declínio cognitivo, que não estavam realizando tratamento para transtorno do sono e sem condição clínica que contraindicasse a prática de exercício físico. Todos os idosos participaram de uma palestra com explicações sobre o procedimento experimental e receberam folhetos educativos contendo orientações sobre hábitos de vida relacionados à alimentação, hidratação e higiene do sono. Os participantes foram randomizados em dois grupos, sendo que o grupo intervenção (GI) recebeu uma cartilha sobre a forma de execução dos exercícios físicos e praticou estes exercícios domiciliares semisupervisionados por 12 semanas consecutivas e com frequência mínima de 3 sessões semanais de 30 a 40 minutos, além de seguir as orientações sobre hábitos saudáveis de vida e o grupo controle (GC) apenas seguiu as orientações referentes aos hábitos saudáveis de vida. Na análise estatística foram realizados testes de normalidade dos dados, análise descritiva, comparação de médias, proporções e análise de correlação. Foi considerado um nível de significância de 5% (α=0,05). Resultados: Predominou o sexo feminino (87%); média de idade 68 ± 7 anos, baixa renda (84,8% ≤ 2 SM), baixa escolaridade (86,3% ≤ 3 anos de estudo) e, em sua maioria, morando com familiares (67,9%), sendo casados (39,7%) ou em união estável (35,9%). Setenta e um por cento da amostra está acima do peso normal, 90,1% das mulheres apresentam circunferência abdominal ≥ 80cm e identificou-se, no auto-relato, elevada prevalência de doenças crônicas e psicossociais e a presença do risco da Apneia Obstrutiva do Sono em 38.2%. As médias do PSQI, Escala de sonolência de Epworth, WHOQOL-OLD e TUG foram iguais a, respectivamente, 11,2 ± 3,2; 8,32 ± 2,2; 84,8 ± 10,2 e 8,97 ± 2. Foi verificada associação da qualidade do sono com a sonolência excessiva diurna e a qualidade de vida. Após as 12 semanas de intervenção, o GI apresentou melhora significativa da qualidade do sono, sonolência diurna, mobilidade funcional e qualidade de vida (p < 0.01). Conclusões: Em idosos da comunidade com má qualidade do sono, foi possível constatar que o exercício físico domiciliar semisupervisionado é eficaz em melhorar a qualidade do sono, a sonolência diurna, a mobilidade funcional e a qualidade de vida, além de identificara associação da qualidade do sono com a sonolência excessiva diurna e com a qualidade de vida desta população.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/1849
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