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Título: Morbidade da ceratoconjuntivite seca associada ao vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 (HTLV-1): estudo de coorte retrospectiva
Autor(es): Castro Filho, Bernardo Galvão
Prazeres, Tatiana Moura Bastos
Bastos, Claudilson Jose de Carvalho
Pinheiro, Regina Helena Rathsam
Palavras-chave: HTLV-1. Ceratoconjuntivite seca. Incidência. Prevalência.
Data do documento: 26-Jun-2018
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Fundamento: A ceratoconjuntivite seca (CCS) é uma doença que atinge cerca de 37% dos indivíduos com o vírus linfotrópico de células T humana tipo 1 (HTLV-1). No entanto, a incidência da doença em indivíduos com HTLV-1 é pouco estudada, bem como a influência de fatores de risco e a detalhada descrição de suas manifestações clínicas. Objetivo: Estudar a morbidade da CCS em pacientes portadores de HTLV-1, e descrever suas manifestações clinicas em uma grande coorte de indivíduos infectados, residentes na Bahia, Brasil. Métodos: No período entre junho de 2004 a setembro de 2017, no Centro de HTLV da Escola Bahiana de Medicina (CHTLV) em Salvador, Bahia-Brasil, foi realizada uma coorte retrospectiva em que dados referentes ao exame oftalmológico de pacientes com HTLV-1 foram avaliados com relação à detecção de CCS. Os dados utilizados para análise foram obtidos a partir de exames oftalmológicos completos incluindo medida da acuidade visual, biomicroscopia anterior e posterior, pressão intraocular e avaliação do filme lacrimal incluindo os testes de Tempo de ruptura do filme lacrimal (TBUT), Rosa Bengala e Schirmer I. O diagnóstico de CCS foi considerado na presença de pelo menos dois dos três testes positivos. A análise estatística foi realizada utilizando o software Stata v. 13.0. Resultados: Foram coletados dados de 1137 pacientes com HTLV-1, matriculados no CHTLV e que concordassem em participar do estudo. Destes, 379 foram excluídos por terem menos de 18 anos, não terem exame oftalmológico completo, serem portadores de doenças sistêmicas ou oftalmológicas associadas ou terem diagnostico prévio de CCS. Foram então, avaliados os dados de 758 pacientes para o cálculo de prevalência e 628 para incidência. Dos 628, 210 realizaram consultas subsequentes, porém 27 destas estavam incompletas. A incidência total foi de 44,3% (81/183) e a densidade de incidência foi de 76 / 1000 pessoas / ano, com mediana (25 - 75) de tempo de seguimento de 4,3 (2,2 – 8,0) anos. Uma análise bivariada ajustada reforçou a associação entre a incidência de CCS em portadores de HTLV-1 independentemente da idade, sexo e outras condições, com HAM / TSP sendo fator de risco para o desenvolvimento de CCS em portadores de HTLV-1. Notou-se uma prevalência geral de CCS de 31,7%, com maiores taxas observadas em pacientes com HAM / TSP mesmo após ajuste para idade, sexo, tempo de diagnóstico e escolaridade (RP ajustada: 1,63; IC95%: 1,31-2,02). Acuidade visual menor que 20/30, dor, ardor e prurido foram significativamente maiores em pacientes com CCS. Conclusão: A incidência de CCS em pacientes com HTLV-1 mostrou-se mais alta do que a média da população soronegativa para a doença. Dor e/ou ardor, prurido e acuidade visual menor que 20/30, foram as alterações mais comuns entre os portadores de HTLV-1 e CCS. Desta forma, recomenda-se que os pacientes com HTLV-1 sejam submetidos a exames oftalmológicos periódicos para promover o diagnóstico precoce da CCS e prevenir as consequências associadas à Doença do Olho Seco.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/2582
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