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Título: Disfunção sexual em mulheres vivendo com HTLV-1
Autor(es): Boa Sorte, Ney Cristian Amaral
Grassi, maria Fernanda Rios
Machado, Márcia Sacramento Cunha
Castro Filho, Bernardo Galvão
Lopes, Antonio Carlos Vieira
Travassos, Ana Gabriela Alvares
Cerqueira, Eneida de Moraes Marcílio
Martins, Adenilda Lima Lopes
Palavras-chave: HTLV-1. Disfunção sexual. Mulher. Prevalência. Índice da Função Sexual Feminina – IFSF. Mielopatia Associada ao HTLV-1/Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP).
Data do documento: 23-Abr-2018
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: O Vírus Linfotrópico Humano de Células T do tipo 1 (HTLV-1) infecta cerca de cinco a dez milhões de pessoas em todo o mundo e em Salvador afeta cerca de 9% das mulheres acima de 50 anos. Existem relatos de uma associação entre Síndrome de Sjögren, ceratoconjuntivite seca e xerose com a infecção pelo HTLV-1. Além disso, maior prevalência de Disfunção Erétil (DE) está relatada em homens com HTLV-1. Contudo, em mulheres infectadas pelo HTLV-1, não existem estudos sobre disfunção sexual (DS), ou a prevalência de vagina seca. Objetivo: Investigar se existe associação entre a infecção pelo HTLV-1 em mulheres e a presença de disfunção sexual (DS), bem como avaliar a presença de vagina seca nestas mulheres. Métodos: Corte transversal em que foram estudadas 72 mulheres infectadas pelo HTLV-1 (15 com e 57 sem Mielopatia Associada ao HTLV-1/Paraparesia Espástica Tropical - HAM/TSP), atendidas no Centro de Neurociências do Ambulatório Docente Assistencial da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) selecionadas sequencialmente no momento da consulta. Foram critérios de inclusão: diagnóstico de infecção pelo HTLV-1 (ELISA e Western blot positivos), idade entre 20 e 50 anos, vida sexual ativa nas últimas quatro semanas. O grupo não infectado pelo HTLV-1 (n=49), foi selecionado entre familiares, relacionados ou acompanhantes dos pacientes atendidos no mesmo serviço e obedecendo os mesmos critérios, diferindo apenas em que o ELISA e Western blot tinham resultado negativo. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), as mulheres responderam um questionário com dados sócio-demográficos e o Female Sexual Function Index (FSFI), para avaliar a DS. A seguir, foram submetidas a exame ginecológico para coleta de secreção cérvico-vaginal objetivando realização do Papanicolaou, Índice de Maturação Vaginal (MV) e medida da lubrificação vaginal com uso da fita de Schirmmer. FSFI < 26,5 foi considerado como presença de DS. Razões de Prevalência brutas (RP) e ajustadas (RPaj) foram obtidas com a regressão de Poisson com erro robusto. Resultados: A prevalência geral de DS foi de 53,70% (65/121), significativamente maior entre as mulheres com HAM/TSP (80,00%; RP: 1,78; IC 95%: 1,19-2,66) quando comparadas as não infectadas (44,90%). Não foi observada maior frequência de DS entre as mulheres HTLV-1 assintomáticas em relação às não-infectadas (54,40%; RP: 1,21; IC 95%: 0,82-1,79). Após ajuste para idade, número de filhos e renda o diagnóstico de HAM/TSP se manteve como um fator independente associado à presença de DS (RPaj:1,89; IC 95%:1,23- 2,90). A mediana (p25-p75), no domínio de lubrificação do FSFI foi semelhante nas mulheres assintomáticas [4,8 (3,6-5,4)] e no grupo não infectado [4,8 (4,2-5,7)], mas reduzido nas mulheres com HAM/TSP [(4.2 (2.7-5.1); p = 0.032]. O teste de umidade vaginal mostrou uma média (DP), de 13.21(4.71); 13.16(5.04) e 9.53(4.87) mm no filtro de papel, respectivamente (p = 0,027) para HTLV-1 assintomáticos, não infectados e HAM/TSP mulheres. Nessa mesma ordem, as medianas (p25-p75) da MV foram de 70,00 (63,00-85,00) %; 78,00 (69,00-84,00) % e 62,50 (51,00-75,00) %, respectivamente (p=0,039). Conclusões: Foi encontrada associação entre DS e a presença de HAM/TSP em mulheres infectadas pelo HTLV-1, bem como indicadores de maior secura vaginal nestas mulheres.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/2591
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