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Título: Evolução Clínica no Primeiro Ano de Pós-Operatório de Pacientes Submetidos a Cirurgia de Revascularização do Miocárdio em Hospital Público
Autor(es): Guimarães, Armênio Costa
Nascimento, Patrícia Veiga
Palavras-chave: Revascularização do miocárdio
Fatores de risco
Doenças cardiovasculares
Cirurgia cardíaca
Enfermagem
Data do documento: 2016
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) objetiva controlar a morbimortalidade dos pacientes de médio e alto risco cardiovascular, evitando a evolução para o infarto agudo do miocárdio (IAM), controlando sintomas e complicações induzidos pela isquemia coronariana. Os benefícios desse procedimento são cientificamente reconhecidos, porém não é isento de complicações e não limita a etiopatogenia da aterosclerose. Assim sendo, faz-se necessário o adequado controle dos fatores de risco cardiovascular no pré, trans e pós-operatório da revascularização cirúrgica do miocárdio para obtenção de melhores prognósticos. Objetivos: estimar a incidência de eventos fatais e não fatais ocorridos no primeiro ano de cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio e avaliar a evolução dos fatores de risco cardiovascular ao longo de um ano de cirurgia eletiva de revascularização do miocardio. Metodologia: trata-se de estudo descritivo e analítico de coorte, prospectivo, desenvolvido com 165 pacientes, submetidos à CRM em hospital de referência em cardiologia, da rede SUS, em Salvador/ Bahia. A coleta dos dados foi realizada no período fevereiro de 2012 a março de 2014, por meio de entrevista, avaliação clinica e laboratorial presenciais, fase hospitalar, com posterior acompanhamento ambulatorial com um mês, quatro meses, oito meses e até um ano de pós-operatório. Os resultados foram analisados em números absolutos, percentuais, médias e medianas. Adotou-se o nível de significância estatística de 5%. A coleta dos dados foi iniciada após aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa, sob o nº 147/2011. Resultados: população idosa, com média de idade de 62,48± 8,9 anos, predomínio do sexo masculino,102 (61,8%), raça/cor autodeclarados parda 102 (61,8%), baixa escolaridade, majoritariamente, com curso fundamental, 105 (63,6%), recebiam até um salário mínimo 141(85,5%) indivíduos e a maioria casados 107(64,8). Prevalência elevada de fatores de risco cardiovascular, no pré-operatório evidenciado por hipertensão 136 (82,4%), dislipidemia 111(74,0%), circunferência da cintura elevada em 144 (87,3%), glicemia de jejum elevada 99 (62,7%), sedentarismo 135 (81,8%), tabagismo 88 (53,3%), sobrepeso 77(46,7%), obesidade 42(25,5%), além de antecedente pessoal de IAM 93 (56,4%) e DMtipo2 80 (48,8%). A incidência de óbitos por qualquer causa foi de 6,6%, letalidade cardiovascular 3,02 %, IAM não fatal 4,2 %, AVC não fatal 2,4% e mediastinide fatal 1,2% e a não fatal 5,5%. No segmento de um ano, após CRM, destaque para a redução do consumo de tabaco e aderência à atividade física ambas com p< 0,001, a PAS e PAD evoluíram sob controle, embora sem significância estatística p= 0,379 e p=0,711,respectivamente, ressalva para aumento da variabilidade da PAS no trigésimo dia de pós-operatório e o Colesterol Total. Algumas variáveis laboratoriais também tiveram significância estatística: aumento da hemoglobina p<0,001, redução dos triglicerídeos/ HDL-C p= 0.001 e dos triglicerídeos p= 0.009. Apesar da significância estatística do LDL-C p= 0,022 os seus valores evoluíram em ascensão durante o acompanhamento de 365 dias. Demais fatores de risco cardiovascular (FRCV) como obesidade, sobrepeso, HDL-C,CC e Glicemia em jejum evoluiram sem controle em até um ano de CRM. Conclusão: A incidência de eventos fatais e não fatais no pós-operatório de CRM foi, na maioria das vezes, inferior à média dos dados nacionais, porém superiores, quando comparados aos percentuais de países desenvolvidos. A prevalência de FRCV foi elevada no pré-operatório de CRM e, alguns desses fatores, não foram adequadamente controlados no pós-operatório tardio.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/417
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