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Título: Frequência da síndrome das pernas inquietas em pacientes com esclerose lateral amiotrófica: uma revisão sistemática
Autor(es): GUERREIRO, Antônio Vítor de Castro
Palavras-chave: Síndrome das Pernas Inquietas
Esclerose Lateral Amiotrófica
Distúrbios do Sono
Mal dormidores
Data do documento: 2022
Resumo: A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma síndrome clínica idiopática caracterizada por uma sensação desagradável, levando a uma necessidade de mover os membros, sendo piorada ou desencadeada em repouso, com predominância noturna consistente, sendo aliviada ao movimento. É comumente observado em pacientes com comorbidades e doenças neurodegenerativas. A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma patologia neurodegenerativa progressiva que compromete o sistema nervoso central e periférico. Atualmente não há cura para a ELA, sua terapêutica visa principalmente a qualidade de vida e qualidade funcional dos pacientes, sendo a qualidade do sono um dos pilares de seu tratamento. Estudos levantam que a SPI é mais frequente em pacientes com ELA do que na população em geral. Contudo, mecanismos fisiopatológicos ainda não são descritos para justificar o achado. Ademais, as repercussões clínicas e funcionais nesses pacientes seguem desconhecidos e pouco avaliados na prática médica. Objetivo: comparar a frequência da Síndrome das Pernas Inquietas em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica em relação a população em geral. Metodologia: é uma revisão sistemática da literatura guiada pelo protocolo PRISMA. As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Cochrane Library, Scielo, LILACS, Science Direct, EMBASE e Clinical Trials. Foram incluídos estudos observacionais que citam a frequência da SPI em pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA), apenas estudos originais sem restrição de idioma ou ano de publicação. A qualidade dos estudos selecionados foi realizada por meio STROBE, para o risco de viés dos estudos foi utilizado a Newcastle-Ottawa Scale. Resultados: foram identificados 178 artigos e, após a aplicação dos critérios de elegibilidade e exclusão, foram incluídos 7 estudos na presente revisão. Foram avaliados no total 1248 indivíduos. Em todos os estudos foram levantadas maiores frequências de SPI no grupo ELA do que no grupo controle. O percentual de mal dormidores também era maior nos pacientes do grupo ELA que cursavam com SPI. Conclusão: os estudos avaliados foram somente capazes de levantar indícios de uma maior frequência de SPI em pacientes com ELA. Ademais, observou-se maiores comprometimentos do sono e da qualidade funcional em pacientes que cursavam com SPI. A fisiopatologia envolvida para relação entre ELA e a SPI ainda precisa ser descrita para que condutas surjam, a fim de que esse distúrbio do sono deixe de passar despercebido na prática médica.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6732
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