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Título: Análise da prevalência de patologias tiroidianas em mulheres com excesso de peso
Autor(es): Bichara, Erick Broder
Palavras-chave: Tireoide
Obesidade
Hormônios tiroidianos
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: O progressivo aumento na frequência global da obesidade torna este tema uma emergência na área de saúde, sendo cada vez mais importante a referenciação e o maior entendimento sobre suas repercussões. O peso corporal é definido por uma estreita conexão entre o que ganhamos/ingerimos de energia e o que perdemos/consumimos dela. Esse consumo de energia é influenciado por 2 (dois) tópicos principais: exercício físico e o gasto energético de repouso (REE). Visto que os hormônios tiroidianos participam de inúmeras vias metabólicas que influenciam esse REE, refere-se então uma certa influência de tiroidopatias na regulação do peso e no processo da obesidade. Dentre as principais alterações na tireoide, temos 5 (cinco) representantes: hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos na tireoide, a tireoidite e o câncer. Objetivo: Descrever a prevalência de doenças tiroidianas em um grupo de mulheres com sobrepeso e obesidade, comparar variáveis clínicas e metabólicas do grupo de mulheres com e sem hipotireoidismo e testar a associação entre IMC e TSH. Metodologia: Estudo transversal, analítico, com dados pré-existentes, incluindo mulheres com excesso de peso acompanhadas entre o período de 2009 a 2020 no Ambulatório de Obesidade da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Saúde Bahiana), na cidade de Salvador-BA. Resultados: A amostra estudada foi composta por 127 mulheres com sobrepeso ou obesidade, com peso oscilando de 52,9 até 140,6 kg (87,4 ± 17,1 kg). O IMC mínimo foi de 25,96 enquanto o máximo foi 54,92 (36,1 ± 6,5 kg/m2). A circunferência abdominal média foi de 109,0 cm, com 147,0 como seu valor máximo. A obesidade esteve presente em 80,6% das pacientes apresentadas. Destas 127 pacientes incluídas no estudo, 40 (33,1%) apresentavam pelo menos alguma das disfunções tireoidianas. Dessas pacientes, 19 apresentaram hipotireoidismo e 18 nódulos tiroidianos, sendo de forma isolada ou associadas com outras disfunções da tireoide. As outras apresentaram apenas 1 paciente cada. Foi observado que as mulheres sem essa disfunção tiveram média de IMC de 36,5 kg/m2, maior quando comparada às mulheres com esta patologia, que apresentaram valores de 33,9 kg/m2 (p=0,05). Além disso, as mulheres sem hipotireoidismo apresentaram-se com maior circunferência abdominal (111,5 ± 12,7 cm vs 104,7 ± 10,3 cm, p<0,05). Foi observada correlação positiva moderada entre IMC e 4 TSH (r= 0,452, p = 0,038) com significância estatística. Além disso, LDL-c também apresentou correlação positiva fraca, porem com apresentou significância estatítica (r= 0,225, p= 0,013). O TSH, quando correlacionada aos valores de triglicerídes, colesterol total e CA, demonstrou correlação positiva moderada sem significância estatística. O T4 Livre apresentou correlação negativa moderada com os níveis de triglicérides com significância estatística. Conclusão: Este estudo transversal demontrou uma maior frequência do hipotireoidismo e de nódulos tiroidianos em mulheres com excesso de peso, em comparação com as outras patologias em questão, o que acompanha a literatura atual, sendo o hipotireoidismo mais frequente do que o descrito na população geral. Foi encontrada ainda uma forte correlação entre o IMC e o TSH, o que corrobora para uma maior associação entre obesidade e alterações na tireoide.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6746
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