Resposta à posição prona em pacientes internados na uti devido à covid-19 em hospital terciário de salvador

Abstract

Introdução: A doença COVID-19 que se espalhou pelo mundo e desencadeou uma pandemia de pneumonia intersticial pode evoluir para um quadro de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), constituindo elevado risco de morte para os pacientes. Por isso, os que evoluem para SDRA precisam ser internados na UTI devido à necessidade de suporte avançado de vida. Uma das estratégias terapêuticas utilizadas é a mudança para a posição prona nos indivíduos; existindo indicação para que o paciente seja colocado nessa posição nos casos moderados para grave de SDRA. Tendo em vista a redução de mortalidade dos pacientes submetidos à pronação descrita no estado da arte, o presente estudo busca descrever a resposta de oxigenação (razão de PaO2/FiO2) à pronação dos pacientes internados na UTI por COVID19 no meio hospitalar terciário de Salvador-BA. Objetivo: Descrever a resposta à posição prona para melhora de razão de PaO2/FiO2 em pacientes internados na UTI submetidos a ventilação mecânica de hospital terciário por COVID-19. Metodologia: Estudo descritivo e retrospectivo o qual foi realizado a coleta e análise de dados dos prontuários eletrônicos de pacientes com COVID-19 grave internados nas UTIs do Hospital Português, localizado em Salvador, Bahia. O período do estudo foi de março/2020 a dezembro/2020, sendo incluídos os pacientes maiores de 18 anos admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Português, com diagnóstico confirmado de COVID-19 através do exame de RT-PCR e com permanência de pelo menos 24h na unidade. Definição de resposta à pronação: aumento de 20 mmHg na relação PaO2/FiO2 após 1 hora de posicionamento. Resultado: A frequência de pacientes que responderam à pronação -aumento de 20 mmHg de IO2 após 1 hora de posição prona em pacientes mecanicamente ventilados – foi de 78,4% (28/37). Esses pacientes foram incluídos após uma análise de um total de 259 pacientes, reduzidos para 142 mecanicamente ventilados e, por fim, os 37 incluídos no estudo. Conclusão: Deve-se encorajar a execução terapêutica dessa posição desde que bem indicado segundo os seus critérios específicos, visto que a taxa de resposta positiva à posição prona nesses pacientes é elevada.