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Título: Associação entre linfoma anaplásico de células grandes e texturização de implantes mamários: revisão sistemática
Autor(es): Boccanera, Ana Luzia Oliveira
Palavras-chave: Linfoma Anaplásico de Grandes Células
Implante Mamário
Revisão sistemática
Data do documento: 2022
Resumo: INTRODUÇÃO: O linfoma anaplásico de células grandes associado a implantes mamários (BIA-ALCL) é um linfoma de células T, CD30 +, ALK, não-Hodgkin. Evidências científicas, cada vez mais, ratificam a correlação entre o aumento de diagnósticos dessa doença rara e o crescente número de mamoplastias com uso de próteses de silicone, principalmente as texturizadas. No entanto, os mecanismos patogênicos exatos em torno do BIA ALCL ainda não são claros. O Brasil é líder mundial de procedimentos cirúrgicos estéticos, e tendo em vista o aumento significativo de procedimentos de implante de próteses mamárias, e a associação recente entre a textura de suas superfícies e o linfoma anaplásico de células grandes, é essencial que seja estimada a relação entre o BIA-ALCL e a texturização da prótese. OBJETIVO: Descrever os achados na literatura científica acerca da relação entre o diagnóstico de linfoma anaplásico de células grandes associado ao uso de implantes mamários texturizados. METODOLOGIA: Este trabalho trata-se de uma revisão sistemática que utiliza a metodologia sistematizada a partir do protocolo PRISMA, com busca realizada na base de dados MEDLINE/PubMed e com a qualidade dos estudos avaliada pela ferramenta do Instituto Joanna Briggs. Os critérios de inclusão foram: Estudos de coorte e caso-controle, realizados entre 2016 e 2021, com pacientes a partir de 18 anos, do sexo feminino que desenvolveram linfoma anaplásico de grandes células devido ao uso de implantes mamários texturizados diagnosticados através de estudos imunohistoquímicos específicos do fluido em torno do implante (CD30 e ALK). Os critérios de exclusão foram: estudos com animais, in vitro; resumos; anais de congresso; cartas. RESULTADOS: Foram incluídos 10 estudos, todos observacionais, sendo selecionados 9 estudos de coorte e um estudo de caso-controle. As amostras incluíram de 11 a 104 participantes. A idade dos pacientes variou de 22,4 anos até 84 anos. A maior parte das próteses eram de superfície texturizada, sendo que somente 4 casos identificados fizeram uso de implantes lisos antes dos sintomas. Não foram encontrados números discrepantes em relação ao lado da mama afetada. Quanto ao motivo do procedimento para uso de próteses, a maioria dos estudos trouxeram casos de finalidade estética ou reconstrução mamária após remoção da mama. Apenas um estudo trouxe pacientes que realizaram aumento da mama após perda de peso, e outro abordou sobre uso de prótese em paciente transgênero. CONCLUSÃO: Poucos estudos encontrados apontam que há um aumento de risco de BIA-ALCL em pacientes com implantes mamários texturizados. No entanto, ainda não é possível afirmar a relação causal para o BIA-ALCL. Dessa forma, é importante a realização de estudos direcionados em relação à superfície das próteses, com a seleção da população priorizando esses dados como fator de inclusão, utilizando bases de dados confiáveis, para obter resultados consistentes e para compreender a relação causal entre a doença e as próteses texturizadas no país.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6773
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