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Título: Intercorrências apresentadas por pacientes com hidranencefalia e hidrocefalia extrema e intervenções realizadas pela equipe de saúde
Autor(es): Menas, Monique Almeida
Palavras-chave: Hidranencefalia
Hidrocefalia
Conjunto de Intervenções
Intercorrências
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: A hidranencefalia é uma alteração congênita rara do sistema nervoso central caracterizada pela destruição da maior parte dos hemisférios cerebrais, que são substituídos por um saco membranoso preenchido por líquor. Já a hidrocefalia extrema trata-se do aumento demasiado do sistema ventricular e sua diferenciação para a hidranencefalia pode ser bastante difícil. A assistência ao paciente e o manejo dessas patologias contam com o mesmo suporte, prognóstico e resposta ao tratamento. Ademais, esses pacientes podem apresentar uma série de intercorrências que precisam ser manejadas por equipe especializada. Objetivos: Caracterizar a assistência à saúde de pacientes com hidranencefalia e hidrocefalia extrema na sala de parto e curso de vida. Métodos: Estudo observacional descritivo com dados secundários de prontuários. Foi realizado no período de janeiro/2018 até julho/2020, em um hospital público terciário no município de Salvador, com pacientes com diagnóstico radiológico de hidranencefalia e hidrocefalia extrema. As informações foram coletadas através de ficha de descrição de variáveis e transferidas para um banco de dados no Excel do Microsoft Office for Windows. As variáveis do estudo foram idade, sexo, idade materna, sobrevida, Apgar, uso de anticonvulsivantes, estudo do líquor, uso de sonda nasogástrica/nasoenteral, uso de antibiótico venoso, cuidados paliativos, UTI/SEMI-UTI, derivação ventriculoperitoneal, derivação ventricular externa, coagulação do plexo coroide, tempo e número de internamentos. As variáveis qualitativas foram apresentadas em números absolutos e relativos, e as quantitativas submetidas a análise de normalidade através do teste de Shapiro Wilk. As com distribuição normal foram apresentadas em média e desvio padrão, e as não paramétricas, mediana e intervalo interquartil. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral Roberto Santos sob parecer nº 3.470.006 de 25/07/2019. Resultados: A amostra do estudo foi de 27 pacientes, com idade inferior a 12 meses (77,8%) e mediana de 4 meses (1,43 – 9,5), sexo masculino (51,9%), com genitoras de idade inferior a 35 anos (55,6%) e média de idade 26,3 anos (+/- 6,57). A letalidade encontrada foi de 11,1%. A maior parte dos pacientes teve mais de um internamento (51,9%) que durou de 30-60 dias (44,5%). A maioria obteve pontuação de Apgar normal no primeiro (55,6%) e quinto (66,7%) minutos de vida. A maioria dos pacientes realizou coleta de líquor (70,3%), recebeu alimentação por sonda (74,1%), obteve cuidados paliativos (59,3%) e necessitou de internamento em UTI/SEMI-UTI (92,6%). Quanto ao uso de fármacos, a maioria necessitou de anticonvulsivantes (88,9%) e antibióticos intravenosos (77,8%). Em relação aos procedimentos cirúrgicos, a maioria não foi submetida à coagulação do plexo coroide (59,3%), não necessitou de derivação ventricular externa (55,6%), mas realizou derivações ventrículoperitoneais (59,3%). Conclusão Evidenciou-se, portanto, que essas crianças necessitaram de uma assistência à saúde especializada e intensiva, uma vez que são pacientes frequentemente internados devido às complicações clínicas e cirúrgicas. Ademais, precisa-se ampliar o acesso desses pacientes aos cuidados paliativos visando reduzir o sofrimento destes e da família.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6776
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