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Título: Conhecimento dos estudantes de medicina para à atenção integral a saúde da população transgênera em Salvador
Autor(es): Canário, Felipe Rebelo
Palavras-chave: População transgênero
Currículo
Estudante de medicina
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: Os currículos de medicina, durante muitos anos, não apresentaram mudanças estruturais significativas, apontando lacunas tanto nas revisões curriculares, como na avaliação da efetividade de metodologias já implementadas. Contudo, algumas dessas não foram documentadas, o que gera incertezas sobre os reais impactos no que diz respeito à Atenção Integral a Saúde da População Transgênera e se esses estudantes conhecem essa temática. A pouca produção de conhecimento sobre a temática revela o quão pouco explorado tem sido o tema. A consequência disso é que as academias não apresentam recursos e estudos necessários para aprofundar a discussão. Objetivo: O presente estudo buscou descrever o conhecimento dos estudantes de medicina diante da temática da atenção integral a saúde da população transgênera com base nos currículos de medicina. Método: Trata-se de um estudo descritivo, sendo esse um recorte qualitativo de um estudo misto. A pesquisa foi realizada na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) com alunos do 9º ao 12º semestre do curso de Medicina através de um questionário pela plataforma Google Forms. Nesse questionário foram coletados dados sociodemográficos, assim como o estudo das habilidades e competências nas metodologias aplicadas e experiências vividas durante o período da graduação. Os dados coletados foram submetidos ao método de análise de conteúdo teorizado por Minayo. Resultados e discussão: Diante da análise, emergiram 6 categorias, predominando a categoria “Não lembram/não foram abordados/não contribuem, em que pôde ser visto que a maior parte dos estudantes não teve contato durante a graduação, contribuindo dessa forma para que não conheçam a temática com profundidade. Além disso, se destacou também a categoria “Intervenções” em que os estudantes, apesar de não trem tido contato com a temática, elucidaram possíveis soluções para que essa temática possa ser abordada, sendo essas a presença de estágio regularizado e diverso, conhecimento sobre processo transexualizador, abordagem dentro de componentes curriculares, presença de um corpo docente qualificado, conhecimento sobre os serviços disponíveis no SUS e outras especificidades, a fim de que possam ter contato e por fim conhecer a temática. Ademais, as discussões não apresentavam o aprofundamento necessário, sendo utilizadas políticas públicas pouco especificas para referendar as aulas o que fez surgir a categoria “Políticas públicas”, assim como algumas discussões que ainda permeavam a Psiquiatrização da transexualidade sendo discutida dentro de componentes curriculares de Saúde Mental, como em Psiquiatria. Conclusão: Os estudantes apresentaram um conhecimento limitado acerca da “atenção integral a saúde da população transgênera”. Isso pode ser explicado pelo fato de muitos não terem tido contato com o tema durante a graduação e quando tiveram se apresentou de forma superficial, se utilizando de metodologias e referências pouco específicas. Isso, indica que a IES lócus deste estudo precisa se atentar para que os estudantes tenham contato com a temática a fim de que possam conhecê-la. As reflexões que emergiram do instrumento aplicado na pesquisa permitem traçar o conhecimento do estudante e o seu potencial formador, assim como os fatores que dificultam que essa temática seja discutida no espaço acadêmico, apontando lacunas a serem preenchidas na formação médica.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6780
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