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Título: Comparação do sofrimento psíquico de estudantes universitários de medicina e de outras graduações em saúde
Autor(es): Descardeci, João Ricardo de Carvalho Gomes
Palavras-chave: Estudantes
Estudantes de Medicina
Saúde Menta
Transtornos Mentais
Data do documento: 2022
Resumo: INTRODUÇÃO: O transtorno mental menor (TMM) é um grupo de estados emocionais que se manifestam como depressão, ansiedade e sintomas somatoformes. A prevalência é variável, sendo 30% da população brasileira afetada por esse transtorno, entretanto, quando se observa populações de estudantes universitários essa frequência pode ultrapassar de 40%, mostrando a vulnerabilidade dessa população a esse transtorno. No entanto, as populações estudadas na literatura são em sua maioria de estudantes de medicina, que relata uma maior prevalência de sofrimento psíquico em relação a outros cursos. Estes são pouco estudadas quando comparada a população de graduandos de medicina. OBJETIVOS: Comparar o sofrimento psíquicos dos estudantes que cursam medicina com os estudantes dos demais cursos da área da saúde, em uma instituição privada de ensino. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado por meio de levantamentos de dados a partir da aplicação de formulário estruturado, em momento único. O formulário foi enviado através de correio eletrônico aos discentes de uma instituição de ensino privada, a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), matriculados nos cursos de Medicina, Odontologia, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Biomedicina e Educação Física. Para mensurar a frequência de TMM foi aplicado o SRQ-20, excluído a questão 17, e foi utilizado o ponto de corte 7/8, onde maior ou igual a 8 é rastreio positivo para TMM e menor ou igual a 7 rastreio negativo para TMM. As variáveis utilizadas foram sexo, idade, semestre que o participante se encontrava e curso de graduação. Foram calculadas as medidas de tendência central e dispersão, medidas de frequência simples e relativa, prevalência de TMM e as razões de prevalência (RPs) de transtorno mentais menores (sofrimento psíquico) com os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) segundo sexo, idade, período do curso e graduação. RESULTADOS: Foram obtidas 624 respostas, entre as quais prevaleceu a faixa etária de 18 a 21 anos de idade (51,28%), com média (DP) de 22,5 (4,5) anos, mulheres (77,88%) e graduando de medicina (53,04%). Foi observado que a prevalência de triados positivos para TMM foi de 75,64%. Observou-se uma prevalência de TMM 14% maior entre os discentes do sexo feminino (RP 1,14; IC95% 1,09-1,29), E 1,3x maior entre os discentes do curso de odontologia (RP 1,30; IC95% 1,18-1,43), comparados aos da graduação de medicina. Adicionalmente, foi observado uma redução de 10% a 14%, respectivamente para aqueles nos semestres intermediários (5° - 8° RP 0,9; IC95% 0,83-0,99) e finais (9° - 12° RP 0,86; IC95% 0,75-0,99), comparados aos semestres iniciais. CONCLUSÃO: Os discentes das graduações de saúde na EBMSP apresentaram um rastreio positivo para TMM elevado, com isso deve ser investigado a causa dessa situação e a possibilidade de melhora com a instituição para um aumento na qualidade da saúde mental desses estudantes.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6785
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