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Título: Perfil clínico e epidemiológico de pacientes com doença inflamatória intestinal e covid em centro de referência de Salvador
Autor(es): Lima, Marcela Azevedo Nogueira
Palavras-chave: Doença Inflamatória Intestinal
Doença de Crohn
Colite Ulcerativa
COVID-19
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: A doença inflamatória intestinal (DII) é uma comorbidade de causa idiopática que provoca uma desregulação do sistema imune local, ocasionando a inflamação crônica do trato gastrointestinal. Diante do cenário de pandemia, a correlação entre essa doença crônica e a infecção aguda por COVID-19 foi fonte de preocupação na comunidade de gastroenterologia mundial. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes com Doença Inflamatória Intestinal em Centro de Referência de Salvador com foco na infecção por COVID em pacientes com doença inflamatória intestinal prévia. Métodos: Estudo de corte transversal, descritivo, unicêntrico. A amostra envolveu pacientes diagnosticados com DII, atendidos entre novembro/2021 e março/2022, no ambulatório do Hospital Roberto Santos, Centro de Referência estadual para diagnóstico das DII em Salvador/Bahia. Foi aplicado um questionário aos participantes e realizado busca de dados em prontuários eletrônicos, nos quais continham relatórios pregressos do exame diagnóstico de colonoscopia. Estatística descritiva foi utilizada para caracterizar a amostra. Resultado: Entre os 120 pacientes com Doença Inflamatória Intestinal estudados, observou-se predomínio do sexo feminino (81/120; 67,2 %), com maioria nascida na Bahia (95%), residente de Salvador e região metropolitana (65,8%), que se autodeclararam pretos ou pardos (90,8%) e que recebiam de 1 a 2 salários-mínimos (60,8%). A principal alteração antropométrica foi o excesso de peso (44,1%), indivíduos com DC apresentaram mais acometimento no intestino delgado, quando comparado com àqueles com RCU (17,0% vs.0,8%; p<0,001), bem como maior prevalência de internamentos (p<0,001), cirurgias (p<0,001) e utilização de um maior número de medicamentos (p=0,026). No que se refere à relação desses participantes com o COVID-19, apenas 24 confirmaram infecção por esse vírus (20%) e 13 não souberam referir se tiveram a doença respiratória em questão (10,8%). Sete participantes notaram piora do quadro de DII (33,3%), com predomínio do tratamento domiciliar (83,3%). Os doentes com RCU apresentaram maior número de sintomas comparados aos com DC (p=0,013) Suspensão do tratamento habitual para a DII em pouco mais de 10% dos acometidos. Conclusão: Os pacientes com DII se encontram com um quadro estável e compatível ao perfil clínico-patológico da doença, com características similares as observadas no contexto mundial. Contudo, a despeito do desfecho pontual da infecção por COVID-19, observou-se maior sintomatologia do COVID-19 entre pacientes com RCU.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6816
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