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Título: Frequência e letalidade do câncer do colo uterino em pacientes com idade entre 15 e 24 anos. Brasil. 2014-2020
Autor(es): Neves, Rodrigo Bartolomeu Sobral
Palavras-chave: Câncer de Colo do Útero
Rastreamento de câncer cervical
Idade
Prevalência
Brasil
Data do documento: 2022
Resumo: INTRODUÇÃO: O HPV é um vírus sexualmente transmissível que está envolvido na carcinogênse do Câncer de Colo do Útero (CCU). Este, por sua vez, é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres e a quarta principal causa de morte feminina por câncer no Brasil. O aumento de sua incidência pode ser explicada pela redução da idade média da coitarca, aumento do comportamento sexual de risco e pelo aumento da expectativa de vida. Nesse sentido, os números elevados alertam para a necessidade de um rastreamento eficiente e tratamento precoce, a fim de melhores prognósticos. No Brasil, esse rastreio é feito em mulheres com idade entre 25 e 64 anos. Por outro lado, outros protocolos preconizados por instituições internacionais divergem com relação à idade de início para esse rastreamento. OBJETIVOS: Analisar a frequência e a letalidade por câncer do colo uterino em mulheres com idade entre 15 e 24 anos no Brasil, no período de 2014 a 2020. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, observacional, com dados secundários obtidos do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). O local estudado foi o Brasil e suas regiões geográficas. Foram analisadas as variáveis: região de residência, sexo feminino, faixa etária, escolaridade e classificação do câncer. Os dados foram analisados em números absolutos e relativos. Calculou-se o coeficiente de prevalência e taxa de letalidade por faixa etária, região geográfica, classificação do câncer e grau de diferenciação. RESULTADOS: No período de janeiro de 2014 a dezembro de 2020, foram notificados, na Brasil, 200.954 casos de CCU em mulheres com 15 a 24 anos. As classificações histológicas mais prevalentes foram “Outras neoplasias malignas” (58%), Carcinoma (33%) e Adenocarcinoma (9%). A maior proporção ocorreu nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, cada uma com 24%. A distribuição dos casos por ano revelou maior frequência no ano de 2016 e 2017, com 47 e 40 casos, respectivamente. A menor ocorreu em 2019, com apenas 23 casos (1,4%). A taxa de letalidade do estudo foi de 0,3%, sendo 0,1% na faixa etária de 15 a 19 anos, e 0,3% entre 20 e 24 anos. CONCLUSÃO: Tendo a vista a baixa frequência de CCU na população do estudo, o padrão decrescente de casos, ao longo dos últimos anos, e à baixa letalidade nesse grupo, percebe-se que a atual faixa etária para rastreio preconizada pelo Ministério da Saúde é condizente com o cenário epidemiológico brasileiro. Além disso, a distribuição proporcional denotou maior acometimento na faixa etária de 20 a 24 anos e as regiões Sudeste e Sul foram as que mais apresentaram proporcionalmente apresentaram casos notificados. Por outro lado, o alarmante número de subnotificações ratifica a necessidade de maiores incentivos e orientações aos profissionais de saúde envolvidos na alimentação desses dados.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6863
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