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Título: A importância dos métodos contraceptivos conhecimento e adesão ao uso pelas mulheres na rede de saúde em Salvador-BA
Autor(es): Brandão, Camila Furtado
Palavras-chave: Anticoncepção
Conhecimento
Gravidez não planejada
Mulheres
Gestantes
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: A atenção em planejamento sexual e reprodutivo implica não só a oferta de métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também a oferta de informações e acompanhamento, num contexto de escolha livre e informada, proporcionando tomada de decisões sobre a reprodução. No Brasil, o planejamento sexual e reprodutivo é um direito dos cidadãos, garantido pela Política Nacional dos Direitos Sexuais e Reprodutivos, desde 2005. Indaga-se, portanto, a relação entre o conhecimento e a adesão aos métodos contraceptivos e as altas taxas de gestação não planejada. Objetivo: Avaliar o conhecimento e adesão das mulheres gestantes e não gestantes a respeito da contracepção, na rede de saúde de Salvador - BA. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de caráter analítico, realizado em um ambulatório docente assistencial, na cidade de Salvador – BA. As participantes da pesquisa foram mulheres em idade fértil, maiores de 18 anos, gestantes ou não. Foram aplicados dois questionários, sendo um para as gestantes e outro para as não gestantes, com questões acerca do conhecimento, adesão, meios de obtenção de informações e influências na escolha da contracepção. Além disso, questionou-se dados sociodemográficos, clínicos e obstétricos. Resultados: 56 mulheres foram incluídas na pesquisa, com média de idade de 30,8 ± 6,04 anos, sendo 28 gestantes e 28 não gestantes. As características sociodemográficas dos grupos foram similares. A maioria das mulheres eram negras e pardas (91%), não eram casadas (66%), haviam concluído o ensino médio (59%), apresentavam status socioeconômico baixo/médio (52%), possuíam fonte de renda (66%) e eram atendidas exclusivamente pelo SUS (86%). As gestantes conheciam mais o termo “Métodos Contraceptivos” que as não gestantes (p = 0,002). As gestantes tenderam a conhecer mais que quatro métodos contraceptivos que as não gestantes (p=0,051). Os demais conhecimentos sobre métodos contraceptivos foram assimilares. Das participantes, 71% conheciam o conceito de “Dupla Proteção” e 82% sabiam que é direito constitucional o acesso aos métodos contraceptivos. Os métodos mais conhecidos eram os hormonais e de barreira. 71% conheciam os Métodos Contraceptivos Reversíveis de Longa Ação (LARC´s). 60% das participantes não gestantes não apresentaram adesão à contracepção, enquanto 54% das gestantes engravidaram enquanto utilizavam métodos contraceptivos. 71% das gestações não foram planejadas. As consultas médicas foram o principal meio de obtenção de informações sobre a contracepção e não foram encontradas influências externas na adesão aos métodos contraceptivos pelas mulheres. Conclusão: O nível de conhecimento sobre os métodos contraceptivos das mulheres atendidas no ambulatório foi considerado adequado, apesar da adesão à contracepção ter sido considerada intermediária e as gestações não planejadas terem apresentado um percentual alto, tendo ocorrido no intervalo de troca de métodos contraceptivos. Mostra-se necessária uma melhor abordagem do tema na assistência ginecológica e pré-natal do local, através da adoção de novas estratégias pela rede de saúde que forneçam as informações e orientações a essas mulheres e seus parceiros, a exemplo de dinâmicas educacionais nas salas de espera.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6950
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