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Título: Preditores de reinternação e mortalidade no extremo idoso com insuficiência cardíaca um estudo de coorte
Autor(es): Targino, Larissa Melo
Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca
Idoso de 80 Anos ou mais
Prognóstico
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é causada por anormalidades morfofuncionais que tornam o músculo cardíaco incapaz de bombear sangue de modo a atender às necessidades metabólicas dos tecidos. Por esse motivo, os portadores de IC estão sujeitos a apresentar recorrentes quadros de súbito agravamento dos sintomas, levando à gradual deterioração da função cardíaca, da qualidade de vida e, por conseguinte, à elevação do risco de mortalidade a cada reinternação. Os pacientes extremo idosos com múltiplas comorbidades apresentam maior risco de deterioração clínica, sobretudo após a alta hospitalar. Surge assim, portanto, a relevância de se analisar os preditores de readmissão e mortalidade por IC sob a luz das particularidades da população extremo idosa. Objetivo: Identificar o preditores de reinternação e mortalidade de paciente extremo idosos internados por Insuficiência Cardíaca descompensada. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva no modelo de um registro unicêntrico. O estudo contemplou dados referentes ao período de janeiro de 2019 a setembro de 2022 e foi realizado no Hospital Cárdio Pulmonar (HCP), instituição terciária privada localizada em Salvador-BA. Serão incluídos os pacientes ≥ 80 anos admitidos no HCP, tendo como diagnóstico clínico principal a Insuficiência Cardíaca. Os dados foram coletados a partir da análise do prontuário eletrônico e por meio do seguimento a nível domiciliar realizado 30 dias após a alta. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e comparados por testes paramétricos ou não paramétricos, quando adequados. Foi realizada análise multivariada com regressão logística para avaliar preditores independentes de reinternação e óbito por IC. Resultados: Foram incluídos 221 pacientes extremo idosos internados por IC descompensada. Houve maior prevalência do sexo feminino (57,4%), a idade média de 87,6 ± 4,9 anos e a Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo (FEVE) média de 49,5 ± 17,1%. Ao fim de 30 dias, constatou-se que 14,9% dessa amostra apresentou desfecho de óbito e 16,7% de rehospitalização, totalizando 28,1% de desfecho combinado (óbito e/ou rehospitalização). O grupo desfecho apresentou idade mais avançada (88,7 ± 4,6 anos vs. 87,2 ± 4,9; p = 0,039), valores mais baixos de pressão arterial diastólica (PAD) (74,8 ± 18,4 mmHg vs. 81,5 ± 15,6 mmHg; p = 0,007), maior histórico de acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico (30,6% vs. 13,2%; p = 0,002) e maior taxa de paliação (27,4% vs. 3,2%; p = 0,001). Na regressão logística, histórico de AVE isquêmico [OR: 3,43 (IC: 1,30 – 9,05); p = 0,013], PAD [OR: 0,96 (IC: 0,93 – 0,99); p = 0,010] e paliação [OR: 66,71 (IC: 8,18 – 543,66); p < 0,001] foram fatores de risco independentes para o desfecho combinado em 30 dias. Conclusão: O desfecho de óbito e/ou rehospitalização em 30 dias demonstrou associação com as variáveis idade, histórico de AVC isquêmico, PAD e paliação, sendo as três últimas preditores independentes do desfecho combinado.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6957
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