Perfil epidemiológico dos pacientes internados vítimas de queimaduras no estado da Bahia, antes e durante a pandemia do covid-19

Abstract

INTRODUÇÃO: Queimaduras são comumente relacionadas a danos à pele causados por elevada temperatura. De maneira mais ampla, queimaduras acontecem quando algumas ou todas as células de um tecido são destruídas pelo calor, por descarga elétrica, por substâncias químicas e até mesmo por radiação. Durante a pandemia, o isolamento social foi instalado. Deste modo, torna-se necessário estudar se o perfil epidemiológico do paciente internado por queimaduras no Estado da Bahia foi alterado com a pandemia do COVID-19. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico do paciente internado por queimaduras no Estado da Bahia antes e durante a pandemia do COVID-19. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo utilizando dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), vinculado ao DATASUS. A população de estudo foi constituída pelos internamentos por queimaduras, considerando como variáveis desse estudo: sexo, faixa etária, raça/cor da pele e valores gastos com internamento. Os dados obtidos foram organizados em planilha eletrônica no programa Microsoft Excel, a partir da qual as informações foram analisadas e apresentadas em tabelas de forma descritiva. RESULTADOS: Foi observada uma prevalência do sexo masculino em relação ao feminino no número de internações nos dois períodos do estudo. Os homens representaram no total 5.178 casos (60,71%) e as mulheres 3.351 casos (39,29%). A cor\raça prevalente nos dois períodos foi de pacientes cuja informação não foi colhida, seguida de pardos. As faixas etárias mais prevalentes foram 1 a 4 anos e 30 a 39 anos. Foi verificado uma diminuição dos gastos entre o primeiro ano da pandemia (2020) (1.465.645,77) em relação ao segundo ano (2021) (1.383.342,55). CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico do paciente internado por queimaduras antes e durante a pandemia do COVID-19 se mantém. No entanto, foi verificado um aumento de prevalência do sexo feminino e de crianças de 1 a 4 anos no período pandêmico.