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Título: Perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) temporalmente associada à covid-19 no estado da Bahia de 2020 a 2022
Autor(es): Borges, Everly Cerqueira
Palavras-chave: Covid-19
Coronavírus
Pediatria
Infectologia
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: A SIM-P temporalmente associada à COVID-19 começou a ser percebida mundialmente logo após o início da pandemia em 2020 e, apesar de ser uma doença rara, tem grande potencial de gravidade. Abrange a população de 0 a 19 anos, sendo caracterizada por quadro febril e acometimento de múltiplos órgãos secundário à inflamação sistêmica. Objetivos: Analisar perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com SIM-P temporalmente associada à COVID-19 no estado da Bahia nos anos de 2020 a 2021, além de descrever a distribuição espacial e temporal, o perfil epidemiológico, a distribuição por variáveis clínicas e laboratoriais da doença e analisar evolução dos pacientes. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo com utilização de dados secundários, obtidos do Research Electronic Data Capture, disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. As variáveis analisadas foram: data dos primeiros sintomas, local de residência, sexo, idade, raça/cor da pele, sintomatologia, complicações, comorbidades, exames laboratoriais, critério diagnóstico e evolução. Para análise estatística, foi utilizado o teste de Quiquadrado e considerado como significância estatística p<0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da EBMSP. Resultados: No período estudado foram notificados 135 casos da SIM-P, com maior registro no NRS Leste (67,4%) e o maior pico de casos (seis) ocorreu na SE 33 de 2020. A síndrome foi mais frequente no sexo masculino (57,8%), na faixa etária de 1-4 anos (34,1%), seguida de 5-9 anos (31,9%), e na raça/cor da pele parda (40,7%). Os sinais e sintomas mais frequentes foram dores abdominais (73), manchas vermelhas pelo corpo (63) e náuseas/vômitos (62). As complicações mais frequentes foram hipotensão arterial (30), necessidade de ventilação invasiva (23) e sepse (20). A maioria dos pacientes não apresentou comorbidades (71,9%). Os exames laboratoriais com maiores percentuais de alterações foram proteína C reativa (94,8%), leucócitos (72,4%) e hemoglobina (67,2%). O desfecho mais frequente foi a alta por cura (95,6%) e baixa letalidade, 4,4%. Conclusões: A SIM-P é uma síndrome rara, porém relevante no contexto da pandemia do COVID-19, apresentando maior letalidade na Bahia e no Brasil do que a média de outros países. Portanto, faz-se necessário um maior conhecimento sobre a SIM-P por parte dos profissionais de saúde e das esferas governamentais, para a elaboração de ajustes no sistema de saúde objetivando uma melhor resolução da doença, levando em consideração as diferenças epidemiológicas regionais existentes. Além disso, como a síndrome está intimamente relacionada à COVID-19, as medidas preventivas que objetivam diminuir a transmissão do vírus, como a vacinação, devem ser incentivadas.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6965
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