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Título: Frequência de casos graves e síndrome pós-covid-19 em pacientes com sobrepeso e obesidade acompanhados por equipe multiprofissional um estudo transversal
Autor(es): Carvalho, Hanna Oliveira de
Palavras-chave: Obesidade
COVID-19
Síndrome Pós-COVID
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: A obesidade propicia diversos distúrbios metabólicos, que conduzem à outras patologias, como disfunções respiratórias, doenças cardiovasculares, doenças renais, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2, inflamação sistêmica, esteatose hepática e alguns tipos de câncer. Muitas dessas comorbidades também são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de casos graves de COVID-19. Dessa forma, a obesidade se mostra como um fator de risco para o desenvolvimento desses quadros severos. A correlação entre o desenvolvimento de casos graves de COVID-19, suas sequelas duradouras e o quadro de obesidade ainda é pouco estudado no Brasil, apesar de estudos internacionais já apontarem a sua importante conexão e evidenciarem cada vez mais os mecanismos fisiopatológicos por trás desse fenômeno. Objetivos: Descrever a frequência de casos de COVID-19, de acordo com os seus diversos graus de severidade; descrever a frequência de síndrome pós-covid como sequela, nos pacientes que foram infectados pela COVID-19; e comparar o perfil clínico e metabólico dos pacientes que tiveram casos leves dos que tiveram casos graves. Metodologia: Estudo observacional, analítico e transversal. Realizado no ambulatório de atendimento multiprofissional para Estudo das Pessoas com Excesso de Peso (PEPE), no Ambulatório Saúde Bahiana, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), que atende pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Salvador-BA. Foi aplicado um questionário para levantamento de dados referentes a idade, sexo, etnia, peso, IMC, circunferência abdominal, comorbidades prévias, histórico de infecção por COVID-19, sintomas na fase aguda dessa doença, cuidados recebidos para o tratamento e sintomas característicos da Síndrome PósCOVID. Nos pacientes que deixaram de frequentar o ambulatório, foi realizada ligação telefônica para realização do mesmo questionário. Resultados: 156 pacientes foram entrevistados no período da pesquisa, 52 tiveram histórico de infecção por COVID-19, sendo 37 casos leves, 11 moderados e 4 graves. Não houve diferença significativa nos dados sociais e antropométricos entre esses pacientes. Na amostra não foi observada correlação entre gravidade de infecção por COVID-19 e o grau de obesidade. Dos pacientes que tiveram COVID-19, 39 relataram sintomas compatíveis com Síndrome Pós-COVID, sendo os principais a queda de cabelo, perda de memória, artralgia, fadiga e ansiedade. As principais comorbidades diagnosticadas na amostra foram hipertensão arterial sistêmica, disglicemia e dislipidemia, sendo que as duas primeiras estavam presentes em todos os pacientes que tiveram casos graves de COVID-19. Conclusão: a frequência de pacientes do ambulatório que tiveram COVID-19 foi maior do que a frequência nacional e estadual. A maioria relatou casos leves, diferindo da literatura prévia que evidenciava a obesidade como fator de risco para casos mais graves. Isso pode ser atribuído ao paradoxo da obesidade, ausência de testagem em massa da população e a pequena amostra obtida. Sintomas de Síndrome Pós-COVID foram significativos na amostra, necessitando de um olhar mais cuidadoso sobre essas repercussões. O controle das comorbidades desses pacientes, realizados pelo acompanhamento ambulatorial multiprofissional do PEPE pode ter contribuído para a manutenção de casos brandos da doença.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6977
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