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Título: Morbi-mortalidade intrahospitalar no período pré e pandêmico da covid 19 por tromboembolismo pulmonar, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral nas regiões do brasil entre 2019 e 2021
Autor(es): Villas Boas, Layla Martins
Palavras-chave: Embolia Pulmonar
Infarto do miocárdio
Acidente vascular cerebral
Covid-19
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: as principais causas de mortalidade cardiovascular no mundo são Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Tromboembolismo Pulmonar (TEP). No Brasil há discrepâncias quanto a morbimortalidade por TEP entre as regiões podendo refletir o acesso à saúde e desconhecimento da população sobre esta doença. A Covid-19 está associada com inflamação e aumento de tromboses venosas, TEP e tromboses arteriais, com potencial de impactar o tempo de hospitalização e mortalidade por esta doença. Objetivo: comparar o número de eventos, mortalidade intrahospitalar e a duração dos internamentos por TEP, IAM e AVC e entre regiões brasileiras entre períodos pré-pandemia de COVID-19 (2019) e pandêmico (2020 e 2021). Método: foi realizado um estudo descritivo, com recorte temporal, baseado em dados secundários do DATASUS que dispensam aprovação em Comitê de Ética; disponível no endereço eletrônico: www.datasus.gov.br, segundo local de internação, com doenças pertencentes à lista de morbidade CID-10 [para AVC (I64), IAM (I21) e TEP (I26)] de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, hospitalizados nas 5 regiões do Brasil agrupadas entre Norte e Nordeste (N-NE) versus Sudeste, Sul e Centro-Oeste (S-SE-CE). Foram comparadas as médias e desvio-padrão das mortalidades e do tempo de internamento por doença nos períodos de 2019, 2020 e 2021 entre os dois grupos de regiões do Brasil. Resultados: A mortalidade intrahospitalar foi maior por TEP que para IAM e AVC no período estudado. A mortalidade por TEP nas regiões N-NE foi significativamente maior que nas regiões S-SE- CE: em 2019 foi de 22,75 (2,81) em N-NE vs. 15,72 (1,17) em S-SE-CE, p = 0,026 e em 2021 foi de 23,79 (0,21) em N-NE vs. 17,65 (1,23) em S- SE-CE, p = 0,007. Houve diferença na mortalidade por IAM apenas em em 2019: 1,22 (0,20) em N-NE vs. 9,08 (0,5) na S-SE-CE, p = 0,012, mas não em 2021: 10,29 (1,12) em NNE vs. 8,84 (1,33) em S-SE-CE, p = 0,298. Não houve diferenças na mortalidade por AVC: em 2019 foi 17,11 (0,62) em N-NE vs. 13,63 (1,74) em S-SE-CE, p = 0,80 e em 2021, foi 17,24 (0,12) em N-NE vs. 15,05 (1,16) em S-SE-CE, p = 0,86. A mortalidade no Brasil por TEP foi maior em 2021 que em 2019, mas não de forma significativa: 20,05 (3,39) vs. 18,53 (4,19), p = 0,09. Não houve diferenças das mortalidades no Brasil entre 2021 e 2019 para IAM e AVC. A média do tempo de internação, foi maior para TEP que para IAM e AVC, mas houve redução para as três doenças entre 2019 e 2021: para TEP foi de 8,90 (0,98) vs. 8,32 (0,86), p = 0,023; para IAM foi de 7,44 (1,39) vs. 6,32 (0,88), p = 0,02; para AVC foi de 7,22 (0,37) vs. 6,78 (0,37), p = 0,011. Conclusão: A mortalidade por TEP no Brasil supera a mortalidade por AVC e por IAM, sendo significativamente maior nas regiões N-NE que nas regiões S-SE, CO. A mortalidade no Brasil por TEP, portanto, é alta e aumentou durante a pandemia da Covid-19. O tempo de hospitalização por TEP supera aquele devido a AVC e IAM em todo o Brasil e houve uma redução entre o período pré e pandêmico da Covid-19, possivelmente refletindo a pressão por leitos hospitalares. A avaliação sistemática do risco de TEV em pacientes internados, associada ao uso tromboprofilaxia de forma adequada e por tempo suficiente precisam ser prioridades para a segurança dos pacientes hospitalizados no Brasil. O diagnóstico e manejo do TEP em hospitais do SUS, precisa melhorar em todo o Brasil, particularmente nas regiões N-NE.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7132
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