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Título: Caracterização da cefaleia associada à covid-19 uma revisão sistemática
Autor(es): Teixeira, Luiza Guanaes
Palavras-chave: Cefaleia
Características
Fenótipo
COVID-19
SARS-CoV-2
Data do documento: 2022
Resumo: INTRODUÇÃO: O atual cenário mundial está marcado pela pandemia do vírus SARSCoV-2, que, segundo a OMS, já infectou mais de 600 milhões de pessoas mundo afora, resultando em mais de 6 milhões de mortes. A alta transmissibilidade do vírus tem resultado em um grave problema de saúde pública que impacta todas as esferas da sociedade, exigindo uma reformulação do sistema de saúde para adaptar-se às novas demandas. OBJETIVO: Avaliar a prevalência das diferentes características de cefaleia em pacientes que se infectaram com o SARS-CoV-2. METODOLOGIA: Tratase de uma revisão sistemática no qual foram utilizadas as seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde, MS) e Scopus. Os estudos incluídos foram observacionais de corte transversal que avaliaram pacientes com COVID-19 e sintomáticos que tiveram cefaleia como sintoma associado à infecção pelo Sars-CoV-2. A cefaleia foi caracterizada quanto ao sexo, faixa etária, temporalidade do início da cefaleia em relação aos sintomas da COVID-19, duração, localização, qualidade da dor, intensidade, diagnóstico e relação com a cefaleia prévia. A coleta de artigos foi realizada de setembro de 2021 até agosto de 2022. Na análise de risco de viés utilizou-se a escala Joanna Briggs Institute critical appraisal checklist for analytical cross sectional studies. RESULTADOS: A predominância de cefaleia relacionada à COVID-19 foi na faixa etária média de 44,8 anos. Foi mais prevalente em adultos 15/15 artigos (100%); mulheres 9/15 (60%), com aparecimento da dor nas primeiras 24 horas 9/15 (60%) dos sintomas da COVID-19 e duração entre 2 e 7 dias em 6/15 (40%), seguido por duração de 1 a 24 horas em 3/15 (20%). Quanto a localização, a dor foi preponderantemente bilateral em 11/15 (73,3%) e em lobo frontal, 10/15 (66,6%). A qualidade da dor foi latejante em 9/15 (60%), seguida por dor em pressão 5/15 (33,3%); a intensidade foi moderada em 9/15 (60%) e grave em 4/15 (26,6%). O diagnóstico abordado pelos autores foi de uma nova cefaleia atribuída à COVID-19 em 7/15 (46,6%). Em 5/15 estudos (33,3%) a maioria dos pacientes das amostras não eram portadores de cefaleia prévia e em outros 6/15 (40%), os pacientes possuíam uma cefaleia durante à COVID-19 distinta da prévia. Na análise de risco de viés da presente revisão, 20% dos autores não declararam estratégias para lidar com fatores de confusão e 53,3% atenderam parcialmente esse critério. Vieses que influenciam na medição da cefaleia associada à COVID-19 foram relatados por 60% dos autores. CONCLUSÃO: As características de cefaleia mais prevalentes foram: localização bilateral e frontal, predominantemente latejante, com intensidade moderada, iniciando-se no primeiro dia de sintomas da COVID-19 e durando uma média entre 2 e 7 dias. Na maioria dos estudos, a cefaleia associada à COVID-19 apresentou-se como um quadro novo e distinto da cefaleia anterior. A respeito de diagnóstico, essa dor parece ser um novo tipo decorrente da infecção viral pela COVID-19 com mudança de padrão em relação a cefaleia prévia.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7142
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