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Título: Avaliação do protocolo TIR/TIR como método de triagem para fibrose cística
Autor(es): Brito, Pedro Paulo Lustosa Pereira da Silva
Palavras-chave: Fibrose Cística
Programa Nacional de Triagem Neonatal
Tripsinogênio Imunorreativo
Valor Preditivo Positivo
Sensibilidade
Acurácia
Proteína Associadas a Pancreatite
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença autossômica recessiva, que leva às patologias de múltiplos órgãos. A triagem neonatal para fibrose cística (TNFC), incorporada ao programa neonatal de triagem neonatal (PNTN) desde 2013, no estado da Bahia, utiliza duas amostras de tripsinogênio imunorreativo (TIR/TIR), com ponto de corte fixo de 70ng/mL e confirmação diagnóstica da FC por teste do suor (TS) e/ou identificação de duas variantes patogênicas no gene da proteína reguladora de condutância transmembrana (CFTR). A segunda amostra de TIR é indicada caso a primeira seja positiva. Os RN falso-negativos são diagnosticados quando apresentam sintomas sendo submetidos ao teste do suor. Objetivos: Avaliar a acurácia do atual método de triagem neonatal para fibrose cística (TIR/TIR) na Bahia, calculando a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo do teste e analisar de forma retroativa o uso do ponto de corte flutuante, além de buscar alternativas para aprimorar o modelo atual adotado. Métodos: Estudo populacional, retrospectivo, utilizando os dados dos recém-nascidos (RN) submetidos à TNFC através do banco de dados do serviço de referência de triagem neonatal (SRTN), do estado entre 2013 e 2017. As variáveis estudadas para a avaliação do teste foram sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo. Foram utilizados os softwares Stata, versão 17.0, SPSS, versão 21.0 e o programa Microsoft Excel para Mac, versão 16.48, 2020, além do Openepi (www.openepi.com), para tabulação e análise dos dados. Foi utilizado a curva ROC, sendo identificado como melhor valor de corte aquele com sensibilidade e especificidade máxima. Para observar o ponto de corte ideal, foi feito o índice de Youden, avaliando o ponto de corte flutuante do TIR1 e TIR2 do ano anterior para os percentis 99,4, 99,5, 99,6 e 99,7. Resultados: Entre 2013, e 2017, 840,832 recémnascidos foram submetidos à triagem neonatal para FC. 41 lactentes foram diagnosticados pela triagem, porém apenas 13 passaram por todas as etapas. Denotou-se ainda a ocorrência de 605 falso-positivos. Ainda, 9/50 (18%) foram posteriormente diagnosticados com FC através de sintomas clínicos compatíveis, e por apresentarem uma triagem negativa foram classificados com falso-negativos. À análise, a triagem apresentou uma sensibilidade que variou de 55,6% a 100%, e um valor preditivo positivo que variou de 4,35% a 8,93% ao longo dos anos. Observouse que o ponto de corte fixo é o mais adequado que o flutuante para o TIR1 e TIR2. O ponto de corte para o TIR2 > 90 ng/mL apresentou desempenho semelhante, podendo ser adotado como estratégia para redução de falso-positivos. Conclusão: O método de triagem neonatal para fibrose cística na Bahia apresenta uma sensibilidade sub-ótima e um baixo valor preditivo negativo; e para a população em questão não parece haver ganho em adotar o ponto de corte flutuante. Foi evidenciado que o aumento do corte do TIR2 pode trazer benefícios para a população, e a associação de outros métodos de triagem, como a dosagem da proteína associada à pancreatite (PAP), parecem ser ações promissoras e que merecem ser melhor ser estudadas, a fim de aprimorar a qualidade do atual TNFC.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7185
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