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Título: Ansiedade e depressão em pacientes pós-covid-19 acompanhados em um hospital em Salvador
Autor(es): Britto, Tiago Santana de
Palavras-chave: COVID-19
Depressão
Ansiedade
HADS
Data do documento: 2022
Resumo: O SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19 faz parte da mesma família do SARS-CoV e o MERS-CoV. Diversas pesquisas sugerem que pacientes que foram infectados por esses dois vírus, no passado, apresentaram grande número de relatos de sintomas de ansiedade e depressão. Portanto, algumas pesquisas se dedicaram a analisar se o mesmo fenômeno ocorre com pacientes que sobreviveram à infecção pelo vírus causador da atual pandemia. Porém, materiais em relação a esse tema ainda são escassos, ainda mais se considerados os trabalhos realizados com pacientes brasileiros. Dessa forma, objetiva-se avaliar, de forma local, a prevalência de sintomas de depressão e ansiedade em pacientes após terem a COVID-19. Tratase de um estudo transversal que contou com a participação de pacientes de primeira consulta, atendidos no Centro Pós-COVID (CPC) do Hospital Especializado Octávio Mangabeira, em Salvador – BA, e que possuem histórico de hospitalização devido à COVID-19. Com esses pacientes, foi avaliada a prevalência de sintomas de depressão e ansiedade através da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Testes estatísticos foram utilizados para averiguar a associação entre os sintomas psiquiátricos e as características dos pacientes e de seus quadros clínicos. Dentre os pacientes que tiveram COVID-19, 16,3% foram considerados como tendo diagnóstico possível de depressão, enquanto 9,3% foram classificados como diagnóstico provável. Além disso, a presença de diagnósticos prováveis e possíveis de ansiedade foi encontrada em 14% e 23,3% dos pacientes, respectivamente. Dentre os 43 pacientes incluídos na pesquisa, 48,8% são do sexo feminino e 51,2% do sexo masculino. Em relação à cor/etnia, 74,4% se declararam não-caucasianos. A grande maioria desses pacientes, 55,8%, tinham de 40 a 59 anos. Quando questionados sobre o tempo durante o qual frequentaram a escola, 32,5% relataram ter frequentado por mais de 11 anos. O tempo médio de internação da amostra estudada foi de 20,4 dias. Dentre esses pacientes, 55,8% foram internados em UTI com tempo médio de 8,8 dias. Em relação ao uso de ventilação mecânica 27,9 % dos participantes da pesquisa necessitaram ser intubados. As variáveis cor/etnia e tempo de internação demonstraram associação estatisticamente significativa com os sintomas de depressão, com valores de p=0,01 e p=0,02, respectivamente. A prevalência de diagnósticos prováveis e possíveis de depressão e ansiedade foram maiores nos pacientes pós-COVID-19 do que a prevalência de casos confirmados na população brasileira. Além disso, cor/etnia e tempo de internação podem modificar a probabilidade de sintomas depressivos. Contudo, fazem-se necessárias pesquisas com amostras populacionais mais robustas e variadas a fim de realizar uma avaliação mais acurada e, consequentemente, um planejamento de ações mais eficazes.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7203
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