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Título: Influência da atividade da acromegalia e do status gonadal na densidade mineral e nos marcadores de turnover ósseos
Autor(es): MATOS, Marcos Antônio Almeida
LIMA, Maria de Lourdes
SILVA, Fabiana Freire Almeida
Palavras-chave: Acromegalia
Hipogonadismo
Osteoporose
Densidade óssea
Remodelação óssea
Data do documento: 2022
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: Acromegalia é uma condição rara geralmente decorrente da produção excessiva de hormônio do crescimento (GH) por um adenoma pituitário, resultando em concentrações elevadas do fator de crescimento insulina símile - 1 (IGF-1). No quadro clínico, as manifestações osteoarticulares estão entre as mais comuns, especialmente o elevado risco de fraturas vertebrais, que ocorrem nos indivíduos afetados mesmo na presença de densidade mineral óssea (DMO) normal. A atividade da doença e o status gonadal são potenciais fatores determinantes nos achados de massa óssea e nas concentrações dos marcadores de turnover ósseo em indivíduos com acromegalia, porém poucos estudos avaliaram os dois parâmetros ao mesmo tempo numa mesma população. Objetivo: Avaliar os efeitos da atividade da doença e do status gonadal na DMO e nos marcadores de turnover ósseo em indivíduos com acromegalia. Material e Métodos: Estudo transversal com portadores de acromegalia, idade ≥ 18 anos, de ambos os sexos, acompanhados no Ambulatório de Neuroendocrinologia do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia. Foram excluídos aqueles com condição clínica ou em uso de drogas que potencialmente possam interferir no metabolismo ósseo. Dados clínicos e demográficos foram obtidos do prontuário médico. Exames laboratoriais (GH, IGF-1, osteocalcina, CTX-I, PTH, 25(OH)vitamina D, cálcio, fósforo, glicemia, hemoglobina glicada, creatinina, TSH, T4L, prolactina, LH, FSH, E2/testosterona) e densitometria óssea da coluna lombar, colo do fêmur e fêmur total foram realizados em todos os indivíduos. Os dados foram tabulados no SPSS 14.0, sendo as variáveis numéricas representadas como média e desvio padrão, se distribuição normal (ou mediana e intervalo interquartil, se não normal) e as categóricas em frequência absoluta e relativa. Para análise da diferença entre os grupos com doença em atividade vs. doença controlada/curada e hipogonádicos vs. eugonádicos, para variáveis categóricas foi realizado o teste de qui-quadrado ou exato de Fisher e para variáveis numéricas, o teste T Student de amostras independentes ou Mann-Whitney, quando apropriado. A significância adotada para os testes foi p < 0,05. Resultados: Foram estudados 60 indivíduos, 66,7% do sexo feminino, com média de idade de 48,6 ± 11,0 anos. O grupo com doença em atividade apresentou fósforo (p = 0,025), osteocalcina (p < 0,001) e CTX-I (p = 0,007) mais elevados, com DMO significativamente aumentada na coluna lombar (p = 0,016) em relação ao grupo com doença controlada/curada. Já no grupo com hipogonadismo, fósforo (p = 0,017) e os mesmos marcadores de turnover ósseo, osteocalcina (p = 0,015) e CTX-I (p = 0,033), estavam elevados, com maior prevalência de massa óssea diminuída (p = 0,023) e menor DMO no colo do fêmur (p = 0,018) e fêmur total (p = 0,019) nesses indivíduos do que naqueles do grupo com eugonadismo. Conclusão: Os achados do presente estudo sugerem que na acromegalia em atividade fósforo e os marcadores de turnover ósseo, osteocalcina e CTX-I, estão elevados e que o efeito anabólico do GH e IGF-1 na DMO predomina na coluna lombar. O hipogonadismo associado foi um fator de piora do metabolismo ósseo, promovendo elevação do fósforo e dos mesmos marcadores de formação e reabsorção óssea, maior prevalência de massa óssea diminuída e redução da DMO no fêmur dos indivíduos afetados.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7596
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