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Título: Treinamento muscular inspiratório baseado no limiar de anaerobiose sobre a capacidade funcional após revascularização do miocárdio: ensaio clínico randomizado e controlado
Autor(es): PETTO, Jefferson
MACEDO, Luciana Bilitário
MARTINEZ, Bruno Prata
SILVA, Cássio Magalhães da Silva e
GOES, Bruno Teixeira
BARROS, Rinaldo Antunes
CORDEIRO, André Luiz Lisboa
Palavras-chave: Força Muscular
Revascularização Miocárdica
Músculos Respiratórios
Exercício respiratório
Data do documento: 2021
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: O treinamento muscular inspiratório (TMI) é um recurso capaz de reduzir a perda de capacidade funcional e força muscular ventilatória em pacientes submetidos a revascularização do miocárdio (RM). Porém, a literatura ainda é escassa no que diz respeito a forma de prescrição da carga para o treinamento através do limiar de anaerobiose (LA) nessa população, tampouco sobre os efeitos a longo prazo desse tipo de intervenção. Objetivos: Testar a hipótese que o TMI baseado no LA modifica a capacidade funcional, o tempo de estadia hospitalar, força muscular ventilatória, função pulmonar de pacientes submetidos a RM. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e controlado. No período pré-operatório os pacientes foram avaliados através do teste de caminhada de seis minutos (TC6M), Pressão Inspiratória Máxima (PImáx), Pressão Expiratória Máxima (PEmáx), Capacidade Vital (CV), Pico de Fluxo Expiratório (PFE). Após o procedimento cirúrgico, no primeiro dia pós-operatório, os indivíduos foram divididos em dois grupos: grupo TMI convencional (TMI-C), o qual realizou o treinamento com uma carga de 40% da PImáx duas vezes por dia até a alta hospitalar; e grupo TMI baseado no LA (TMI-LA), onde a carga de treinamento foi estabelecida com base no limiar glicêmico sendo estabelecida através de um teste incremental, também duas vezes por dia até a alta hospitalar. No momento da alta foi realizado novamente o TC6M, avaliação da PImáx, PEmáx, CV e PFE. Essas quatro últimas variáveis foram repetidas três meses após a alta hospitalar. Resultados: Foram avaliados 42 pacientes, sendo 21 para cada grupo. A idade média dos participantes foi de 61  10 anos e 27 (64%) foram do sexo masculino. Os pacientes do grupo TMI-C apresentaram uma distância percorrida no TC6M de 426 ± 75 metros, no pré-operatório, versus 429 ± 71 metros do grupo TMI-LA (p=0,89). No momento da alta o TMI-C percorreu 332 ± 84 metros versus 373 ± 55 metros do TMILA (p<0,01), isso correspondeu há redução de 94 ± 84 metros no grupo TMI-C versus 57 ± 30 metros com um p <0,04. O tempo de internação no grupo TMI-LA foi de 7 ± 1,3 dias versus 8,2 ± 1,3 dias no grupo TMI-C (p<0,01). A PImáx do grupo TMI-C apresentou queda de 23 ± 13 cmH2O, quando comparado o pré-operatório com a alta hospital, versus 11 ± 10 cmH2O do grupo TMI-LA (p<0,01). Na PEmáx ocorreu redução de 16 ± 13 cmH2O no grupo TMI-C versus 17 ± 15 cmH2O do grupo TMI-LA (p=0,87). A capacidade vital declinou no grupo TMI-C 7 ± 2 ml/kg, enquanto no grupo TMI-LA a redução foi de 7 ± 4 ml/kg (p=0,98). Já o PFE reduziu 73 ± 56 L/min no grupo TMI-C versus 71 ± 55 L/min no grupo TMI-LA (p=0,93). A PImáx no grupo TMI-C iniciou com 102 ± 14 cmH2O e após três meses 93 ± 7 cmH2O (p= 0,52). Já no grupo TMI-LA começou com 104 ± 17 cmH2O e após três meses 101 ± 6 cmH2O (p=0,78). Quando comparado o valor após três meses foi observado menor perda no TMI-LA (p=0,04). Conclusão: O TMI baseado no limiar de anaerobiose minimizou a perda da capacidade funcional, da força muscular ventilatória e diminuiu o tempo de estadia hospitalar de pacientes submetidos a RM.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7611
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