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Título: Sobrevida em hemodiálise convencional: o papel da não aderência ao tratamento
Autor(es): CRUZ, Constança Margarida Sampaio
SENA, Maria Helena Lima Gusmão
MOURA JUNIOR, José Andrade
ANDRADE, Marcus Vinicius Santos
RITT, Luiz Eduardo Fonteles
ROCHA, Mário de Seixas
DANTAS, Lianna Gabriella Gonçalves
Palavras-chave: Mortalidade cardiovascular
Hemodiálise
Ganho ponderal interdialítico
Não aderência
Sobrevida
Data do documento: 2020
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: Os pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD) apresentam elevada morbimortalidade, devido a presença de fatores de risco tradicionais e fatores próprios da nefropatia. A não aderência (NA) às diferentes demandas do tratamento pode ter consequências nos desfechos do paciente em HD, porém tais repercussões ainda suscitam dúvidas. Este estudo foi delineado para avaliar a associação entre NA à HD convencional e mortalidade por todas as causas e mortalidade cardiovascular. Materiais e Métodos: Avaliamos, prospectivamente, a mortalidade em 6 anos de uma coorte de 255 pacientes prevalentes em HD no Nordeste do Brasil. Os parâmetros de NA à HD avaliados foram: ganho ponderal interdialítico (GPID) ≥ 4% do peso seco (PS), hiperfosfatemia e assiduidade ao tratamento, que foi avaliada como a relação entre o tempo de HD realizado e o tempo prescrito. Utilizamos a regressão de Cox multivariada para análise de sobrevida e preditores de morte por todas as causas e morte cardiovascular. Resultados: Com mediana do tempo de seguimento de 1493 dias e taxa de mortalidade de 9,1 por 100 pessoas-ano, ocorreram 87 óbitos sendo 54% por causa cardiovascular. GPID ≥ 4% PS foi associado ao aumento no risco de morte por todas as causas e apresentou resultado limítrofe para mortalidade por causa cardiovascular, com hazard ratio de 2,02 (IC95% 1,17 - 3,49, p=0,012) e 2,09 (IC95% 1,01 - 4,35, p=0,047), respectivamente. Não encontramos associação significativa entre os demais parâmetros de NA e mortalidade. A análise de subgrupo mostrou que para os pacientes com GPID ≥ 4% do PS, desnutrição, idade e diagnóstico de doença cardiovascular e cerebrovascular foram associados à maior mortalidade por todas as causas. Conclusão: Identificamos que o GPID ≥ 4% PS foi preditor independente de morte por todas as causas e apresentou resultado limítrofe para mortalidade por causa cardiovascular dos pacientes com DRC em HD. A ocorrência de GPID excessivo na presença de desnutrição representou um incremento significativo no risco de morte, indicando um subgrupo de pacientes com pior prognóstico.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7613
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