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Título: Impacto do processo de acreditação hospitalar na percepção institucional da cultura de segurança do paciente
Autor(es): ROCHA, Mário de Seixas
DARZÉ, Eduardo Sahade
BITTENCOURT, Paulo Lisboa
RITT, Luiz Eduardo Fonteles
TORRES, Milena Maria Sampaio
Palavras-chave: Acreditação
Cultura organizacional
Cultura de segurança
Segurança do paciente
Qualidade do cuidado de saúde
Qualidade hospitalar
Data do documento: 2021
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: As organizações de saúde têm buscado o aprimoramento da qualidade e segurança em seus serviços. A acreditação hospitalar é um dos métodos de avaliação dos recursos institucionais sugerido, em todo o mundo, como um sistema de gestão que promove um caminho positivo na melhoria da assistência aos pacientes, aprendizado organizacional e sustentabilidade bem adaptado à realidade particular do setor da saúde. Contudo, existem controvérsias demonstradas, em alguns estudos, relacionadas aos benefícios que essa certificação de qualidade poderá trazer para o desempenho organizacional. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto do processo de acreditação hospitalar na percepção institucional da cultura de segurança do paciente. Trata-se de um estudo transversal seriado, em um hospital geral de 395 leitos, por meio da comparação de três bancos de dados anonimizados, com variáveis das pesquisas sobre a cultura de segurança do paciente. A coleta de dados ocorreu nos anos 2013, 2017 e 2018, pela aplicação do questionário intitulado Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC), instrumento da Agency for Health Research and Quality (AHRQ), validado transculturalmente, traduzido para o português e adaptado ao contexto hospitalar brasileiro em 2013. Foram analisadas 12 dimensões da cultura de segurança do paciente e duas varáveis de resultado acerca da percepção de um total de 1.176, 1.238 e 1.671 colaboradores da instituição, em 2013, 2017 e 2018, respectivamente, ao longo da evolução metodológica do processo de acreditação. O percentual médio de respostas positivas para os 42 itens que compõem as 12 dimensões de cultura de segurança do paciente para a população da pesquisa foi de 50,1% (2013), 63,2% (2017) e 66,4% (2018), com significância estatística entre os anos (p<0,05). As dimensões que atingiram a zona de fortaleza com o percentual de repostas positivas a partir de 75% foram: “Melhoria contínua/Aprendizado institucional”, “Participação do líder na promoção da segurança do paciente”, “Apoio da gestão hospitalar para a segurança do paciente” e “Frequência de notificação de eventos”. As dimensões que saíram da zona de fragilidade (<50% de respostas positivas) a partir da conquista da certificação internacional foram: “Feedback e comunicação sobre os erros”, “Abertura para a comunicação”, “Trabalho em equipe entre as unidades” e “Passagens de plantão/turno e transferências internas”. Apenas a dimensão “Resposta não punitiva aos erros” permaneceu na zona de fragilidade, com os percentuais de respostas positivas abaixo de 50%, apesar de apresentar um crescimento significativo das taxas, nos anos estudados, demonstrando uma tendência de melhora. A medida de resultado “nota para a segurança do paciente” evoluiu de 41,8% (2013) para 61,5% (2017) e, com a consolidação do processo, em 2018, atingiu 69,1%. No item “relatório de eventos”, em 2013, o percentual foi de 78,5%; em 2017, de 37,2% e, em 2018, de 42,8%. Conforme observado nos resultados deste estudo, concluímos que a metodologia da acreditação hospitalar está associada a um ganho incremental no fortalecimento da cultura de segurança do paciente, na maioria dos seus domínios.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7642
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