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Título: Modelos preditores diagnosticos e prognosticos em pacientes muito idosos com suspeita de sindromes coronarianas agudas
Autor(es): CORREIA, Luís Cláudio Lemos
VIANA, Mateus
CERQUEIRA JUNIOR, Antonio Mauricio dos Santos
Palavras-chave: Infarto
Síndrome coronariana aguda
Octagenarios
Características da dor
Pensamento médico
Data do documento: 2022
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Ao longo dos últimos anos a expectativa de vida vem aumentando progressivamente e com isso um envelhecimento da população. A idade é um importante fator de risco para SCA, porém os pacientes muito idosos frequentemente são excluídos dos grandes estudos clínicos. Dessa forma, o objetivo dessa tese é contribuir para o entendimento das particularidades dos indivíduos muito idosos com SCA, com destaque para três aspectos mais específicos: I) Testar a hipótese de que idade avançada predispõe a manifestação mais atípica da SCA; II) Testar a hipótese de que o Escore GRACE mantém acurácia satisfatória na predição de óbito hospitalar quando aplicado a indivíduos octogenários e nonagenários com SCAs e III) Avaliar o impacto da idade como determinante de decisão médica invasiva ou conservadora no cenário de SCA sem supradesnível do segmento ST. Trata-se de estudo de coorte prospectiva realizada com coleta de dados baseada em entrevista e informações de prontuário. Utilizamos o Registro de Dor Torácica (RDT) para questões referentes ao diagnostico de SCA (objetivo I), no qual o critério de inclusão é qualquer individuo com 80 anos ou mais, admitido na unidade coronariana do Hospital São Rafael, com desconforto torácico agudo. Para os aspectos prognósticos e terapêuticos (objetivos II e III) utilizamos o Registro de Síndromes Coronarianas Agudas, RESCA, no qual os critérios de inclusão são pacientes com 80 anos ou mais, internados por desconforto torácico, de aparecimento em repouso ou de duração contínua, apresentada em até 48 horas antes da admissão, associado a pelo menos um dos seguintes critérios: alteração isquêmica do eletrocardiograma: inversão de onda T (≥ 1 mm), infradesnível dinâmico do segmento ST (≥ 0,5 mm) ou supradesnível do segmento ST; elevação de marcadores de necrose miocárdica (troponina T > percentil 99); doença arterial coronariana prévia: infarto documentado ou coronariografia prévia indicando obstrução coronária ≥ 70%. Na análise dos aspectos diagnósticos, a idade avançada não mostrou influência na tipicidade da apresentação clínica da dor torácica, já em relação ao prognostico, o Escore GRACE manteve sua acurácia satisfatória na população mais idosa com SCA e no que se refere às questões terapêuticas percebemos que a decisão de uma estratégia invasiva ou conservadora é modulada de acordo com a idade do paciente e que, de fato, há uma maior incidência de complicações relacionadas ao tratamento nesse grupo. Dessa forma, concluímos que na SCA, podemos usar as mesmas ferramentas diagnosticas e prognosticas independente da idade sem prejuízo em acurácia, porém é necessária uma reflexão mais criteriosa para tomada de decisão terapêutica nesse grupo tendo em vista o maior risco de complicações.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7685
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado



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