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Título: Análise de alterações anatômicas e funcionais cardíacas como potenciais determinantes de isquemia miocárdica durante hemodiálise
Autor(es): Correia, Luís Cláudio Lemos
Lopes, Antônio Alberto da Silva
Castro, Iza Cristina Salles de
Garcia, Maristela Magnavita Oliveira
Teixeira, Inaiá Amorim
Palavras-chave: Doença renal crônica
Hemodiálise
Isquemia miocárdica
Ecocardiograma
Data do documento: 2016
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Fundamento: Doença renal crônica é um grave problema de saúde no mundo e a doença cardiovascular é responsável por quase metade das mortes durante o tratamento dialítico. Doença isquêmica do coração é identificada em 40% ou mais dos pacientes em hemodiálise. Identificar fatores preditores para isquemia miocárdica nessa população é importante para melhorar a assistência terapêutica e aumentar a sobrevida do renal crônico em hemodiálise de manutenção. A utilização da ecocardiografia para análise de potenciais determinantes dessa isquemia pode auxiliar no rastreamento e diagnóstico precoces, além de determinar e classificar os riscos desses pacientes. Objetivos: (1) Testar a hipótese de que alterações anatômicas e funcionais cardíacas predispõem à isquemia miocárdica durante a hemodiálise de manutenção, identificando seus preditores independentes; (2) Descrever a prevalência de isquemia miocárdica durante a hemodiálise de manutenção. Desenho do estudo: Corte transversal do Estudo Prospectivo do Prognóstico de Pacientes em Hemodiálise de Manutenção. Material e métodos: Selecionaram-se indivíduos com insuficiência renal crônica estágio V em hemodiálise de manutenção. Isquemia miocárdica, neste estudo, foi avaliada pelo Holter, realizado durante a primeira sessão semanal de hemodiálise, sendo a carga isquêmica total a variável de desfecho primário, definida como o produto da duração em minutos de cada episódio pela máxima magnitude do infradesnivelamento de ST em milímetros. As variáveis independentes foram avaliadas no exame ecocardiográfico realizado imediatamente após essa mesma sessão de hemodiálise. Após seleção de variáveis na análise bivariada, conforme algoritmo descrito por Hosmer e Lemeshow (plausibilidade biológica e/ou p<0,20 em testes inferenciais da análise bivariada), realizou-se a análise multivariada via análise de covariância (One-way ANCOVA), com as variáveis obtidas na ecocardiografia, para verificar associação com o desfecho de carga isquêmica durante a hemodiálise de manutenção, de maneira independente. Resultados: Avaliaram-se 78 indivíduos, com idade 51 ± 13 anos, sendo 70% do sexo masculino, com um grande número de hipertensos (91%) e minoria de diabéticos (19%). Na análise bivariada, nenhum parâmetro ecocardiográfico se associou significativamente com isquemia miocárdica, sendo selecionadas a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p=0,144) e a função diastólica (p=0,077) para uma análise multivariada, de acordo com a plausibilidade. Entretanto, nesta última análise, alterações ecocardiográficas não se associaram de maneira independente à carga isquêmica. Conclusões: (1) É elevada a frequência de isquemia miocárdica, definida pelos achados em Holter, durante sessão de hemodiálise de manutenção em pacientes com doença renal crônica estágio V; (2) Alterações estruturais cardíacas avaliadas pelo ecocardiograma não têm valor determinante na ocorrência desses episódios isquêmicos.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/291
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